Segunda-feira, 06 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 5 de janeiro de 2025
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) ouviu bancões e agentes do mercado financeiro e produziu uma pesquisa que é um banho de água fria na equipe econômica do governo Lula. A maioria dos entrevistados, que tem nomes como Bradesco, Caixa, Itaú, BRB, BNDES, Santander e vários outros, não conta com estabilização da Selic ou do Dólar até o meio do ano. E fica pior. Para 57,9% dos ouvidos, a inflação deve passar dos 4,5%, ou seja, vai estourar o teto da meta.
O céu é o limite
O número dos entrevistados que acham que a Selic ficará acima dos 14,25% é esmagador: 84,2%. A expectativa é chegue aos 15% até junho.
Dólar, R$ 6
Com apreciação prevista, o Dólar também não traz boas notícias. O previsto é a moeda na casa dos R$ 6. Só em julho fica perto dos R$ 5,90.
Tesoura cega
O corte de gastos não convenceu. O governo previa economia de R$ 71 bilhões em 2 anos. Os bancos esperam entre R$ 40 bilhões e R$ 55 bilhões.
Dados
A pesquisa foi realizada em dezembro e considerou percepções sobre as atas do Copom e projeções para o mercado de crédito para este ano.
Dengue matou mais do que covid-19 no Brasil
Fechados os números de óbitos de 2024, as contas do Ministério da Saúde apontam que houve mais mortes por dengue em 2024 do que por covid-19. Números extraídos do Painel de Monitoramento de Arboviroses, mantido pela pasta da Saúde, registram 5.858 mortes confirmadas em razão da covid-19 em 2024. Já as mortes por dengue atingiram a triste marca de 5.972 ao longo do ano passado. Há ainda outras 908 mortes em investigação, o que pode elevar o número.
Recorde lamentável
O número de casos de dengue também bateu recorde histórico, são 6.484.890 só no ano passado.
Ranking
Os estados com maior número de casos prováveis são São Paulo (2,1 milhões), Minas Gerais (1,6 milhão) e Paraná (656 mil).
“Presidengue”
A pasmaceira do Ministério da Saúde e a disparada dos casos da doença renderam a Lula, entre opositores do pestista, a alcunha de “presidengue”.
Paradão
A primeira semana de trabalho do novo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, não trouxe muita emoção. Os dois dias que ainda registraram alguma coisa tinham apenas “despachos internos”.
Parceria
É quase consenso no Congresso que o governo Lula, se não joga combinado, ao menos tem se aproveitado da generosa caneta do ministro Flávio Dino (STF) para cortar parte das emendas parlamentares.
Falta o ok
Tem de tudo no Brasil, inclusive reajuste salarial sem votar o Orçamento. O governo Lula bateu bumbo para anunciar aumento de 27% (em três anos) de servidores federais, só não falou que ainda não foi aprovado.
Apertou
O governo já dá como certo que haverá mudanças no crédito rural para este ano. Culpa a taxa de juros. Nas contas da Fazenda, ou as taxas de financiamento vão subir ou haverá diminuição no alcance dos recursos.
Mão no bolso
Além de garfar o bolso do usuário de ônibus, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), também reajustou as tarifas de táxis. A bandeirada comum foi para R$ 6,20. O quilômetro rodado sobe de R$ 3,35 para R$ 3,65. Na bandeira 2, o quilômetro passa de R$ 4,02 para R$ 4,38.
Pode vir
Ao menos por enquanto, o dono do PSD Gilberto Kassab diz que se o cantou Gusttavo Lima quiser se filiar ao partido, ok. Mas a vaga para disputar a presidência não será do sertanejo, que anunciou candidatura.
Página 2
O PSD ainda não bateu o martelo se vai ou não disputar as eleições presidenciais em cabeça de chapa em 2026. Se assim decidir, conta Kassab, a vaga é do governador do Paraná, Ratinho Jr.
Peso de ouro
Símbolo de segurança econômica, o bom e velho ouro fechou a semana em alta de 0,87% na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), custando US$ 2.654,70 por onça-troy.
Pensando bem…
… a disputa pela Presidência da República já começou.
PODER SEM PUDOR
Paladar apurado
Muita gente ficou escandalizada com o Romanée-Conti de R$ 6 mil que o marqueteiro Duda Mendonça ofereceu a Lula após ser eleito presidente, certamente achando que o petista tinha mais é que continuar bebendo a pinga com cambucy dos seus tempos metalúrgicos. Mas há muito Lula conhece bons vinhos. Quando foi libertado dos calabouços do Dops, nos anos 80, o jornalista Mino Carta (genial criador de Veja, IstoÉ e CartaCapital, entre outros) convidou Lula e Marisa para jantar. E abriu um magnífico Brunello de Montalcino, que guardara durante vinte anos para uma “ocasião especial”.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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