Quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 20 de julho de 2024
Consolidado como o meio de pagamento mais usado pelos brasileiros, o Pix bate recordes sucessivos. No início deste mês, por exemplo, a modalidade superou pela primeira vez a marca de 220 milhões de transações em 24 horas, numa movimentação que alcançou R$ 119,4 bilhões, também um recorde. Na palma da mão de tanta gente, ele acaba sendo um chamariz para a atuação de criminosos, que se aproveitam da capilaridade do sistema para aplicar golpes.
E não falta criatividade: de links falsos a promessas de dinheiro fácil, até o uso do nome de iniciativas públicas, como o Desenrola Brasil e o sistema Valores a Receber do Banco Central (BC), quadrilhas enganam vítimas e tiram delas não apenas informações pessoais mas também dinheiro via Pix.
A melhor forma de se proteger de uma tentativa de golpe é a informação. Abaixo listamos os principais tipos de golpes aplicados por meio do meio de pagamento instantâneo, de acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e empresas especializadas em segurança cibernética.
Golpe do 0800
As quadrilhas entram em contato com as vítimas via SMS ou aplicativo de mensagem avisando sobre uma transação suspeita de valor alto no cartão de crédito. Para contestar a operação, eles orientam que a pessoa entre em contato com a central de atendimento que aparece com um número 0800, o que passa à vítima alguma sensação de credibilidade.
Golpe da tarefa
Os criminosos fazem uma proposta falsa de emprego ou renda extra, geralmente com a possibilidade de remuneração por curtidas em fotos de redes sociais ou avaliando produtos em sites de grandes e conhecidas varejistas. Em alguns casos, os golpistas oferecem remuneração de até R$ 300 por um determinado número de avaliações. A modalidade se reinventa com frequência, e, em alguns casos, conta até com anúncios nas redes sociais e “parcerias” com influenciadores digitais.
Golpe da clonagem de WhatsApp
O fraudador entra em contato solicitando um código, que já foi enviado para a vítima. Com a desculpa de que se trata de uma atualização ou confirmação do cadastro, o criminoso obtém o código de segurança do WhatsApp e consegue replicar a conta do aplicativo em outro celular. Com esse acesso, o golpista envia mensagens para os contatos da pessoa e pede dinheiro emprestado via Pix.
Golpe de engenharia social com WhatsApp
O criminoso escolhe uma vítima, pega sua foto em redes sociais e, de alguma forma, consegue descobrir números de celulares de contatos da pessoa. Com um novo número de celular, manda mensagem para amigos e familiares da vítima, alegando que teve de trocar de número devido a algum problema. A partir daí, pede uma transferência via Pix, dizendo estar em alguma situação de emergência.
Golpe do acesso remoto (mão fantasma)
Chamado oficialmente pelos especialistas de Remote Access Trojan (RATs), esse golpe consiste na instalação de um programa malicioso no celular da vítima, que perde o controle do aparelho. Usando como disfarce prefixos telefônicos geralmente utilizados pelos bancos — como 4003 ou 4004 —, as quadrilhas mandam mensagens para as potenciais vítimas se passando pelos bancos.
Golpe do atendimento bancário falso
A vítima recebe uma ligação ou uma mensagem de um suposto “funcionário” do banco. O fraudador, então, oferece ajuda para fazer o cadastro da chave Pix ou diz que precisa fazer um teste para “regularizar” os dados. Com os dados em mãos, a quadrilha tem acesso ao extrato bancário e começa a dizer as últimas operações da conta para ganhar confiança. Depois, cita transferências inexistentes e, com o pretexto de regularizar a conta, pede para que as operações sejam refeitas para o mesmo destinatário, para cancelar ou estornar as operações.
Golpe da falha do Pix
Criminosos enviam mensagens ou disseminam nas redes sociais a informação falsa de que existem chaves aleatórias do Pix que estão com “uma falha no sistema”. Criminosos publicam nas redes sociais informações sobre um suposto bug em determinado banco ou serviço bancário. O falso informe diz que o sistema da instituição está realizando uma espécie de bonificação, devolvendo ao correntista um valor maior do que foi depositado. As informações são do jornal Extra.