| Barack Obama pede espaço para que Trump tome suas próprias decisões
Por Redação O Sul | 14 de novembro de 2016
Em sua primeira entrevista coletiva após as eleições, Barack Obama falou nesta segunda-feira (14) sobre transição e pediu que as pessoas aceitem a vitória de Trump e “deem espaço” para que ele monte sua equipe e tome suas decisões.
“As pessoas falaram, Donald Trump será o próximo presidente… os que não votaram nele tem que entender que é assim que a democracia funciona. Quando eu ganhei, muitas pessoas não gostavam de mim”, disse.
O presidente afirmou ainda que Trump está agora tentando equilibrar seu discurso de campanha com o trabalho junto aqueles que discordam dele, e que é importante dar espaço para que ele tome suas decisões. “A população vai julgar nos próximos anos se gosta do que vê e se essa é a direção que quer ver o país seguir.”
Até mesmo pela natureza da campanha eleitoral, Obama disse ter falado a Trump que é importante mandar sinais de unidade e alcançar grupos que não o apoiaram. Mas, o discurso do republicano após a vitória fez o presidente ter se sentido mais “encorajado” nesse sentido.
Apesar dos pedidos de repórteres, Obama se recusou a comentar os primeiros nomeados por Trump para seu futuro gabinete, afirmando que não seria apropriado. Para o presidente, cabe a Trump apontar a equipe que ele acredita que será a melhor para servir ao seu governo.
Obama reforçou ainda que instruiu sua própria equipe a acelerar o fluxo de informações e facilitar o máximo possível o processo de transição. Além disso, se comprometeu a informar aos aliados dos EUA que Trump se compromete a manter laços com a OTAN e que se interessa que a Organização se mantenha forte.
Ao comentar o encontro que teve com o presidente eleito, Obama disse que acredita que ele é mais pragmático do que ideológico e que isso pode acabar sendo útil.
O presidente disse também que “este é um emprego memorável como nenhum outro no mundo, e é um constante fluxo de informações e desafios”.
Em outro momento da coletiva, Obama falou sobre o futuro do partido democrata, que deve escolher o próximo presidente do Conselho Nacional esta semana. Ele afirmou que o partido não deveria vacilar em suas crenças e princípios fundamentais, mas que novas vozes e ideias devem emergir. “É saudável para o partido passar por uma reflexão”, avaliou. (AG)
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