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Por Redação O Sul | 19 de julho de 2015
A barriguinha de chope pode condenar o dono dela a riscos cardíacos e à morte súbita. O cardiologista Alexandre Soeiro afirma que a falta de exercícios físicos, aliada a uma alimentação desregrada, rica em gorduras, é o caminho natural para aumentar a circunferência da barriga. “A deposição de gordura abdominal é uma consequência da ingestão elevada de gorduras, principalmente as de origem animal e açúcares. Junta-se a isso o sedentarismo como outro fator”, explica.
Já o endocrinologista Paulo Rosembaum explica que a gordura abdominal se quebra facilmente, entra na corrente sanguínea e chega a órgãos vitais, como o coração. “Assim, a pessoa tem mais risco de ter um infarto. As artérias do coração vão se entupir. Em alguém com 50 anos e outros fatores de risco, como pai ou mãe que já tiveram doenças cardíacas, pode ocorrer um evento súbito, como uma parada cardíaca.”
Conforme os especialistas, a circunferência abdominal passou a ser o indicativo mais preciso para a avaliação dos riscos de doenças cardiovasculares e metabólicas. As medidas indicadas por especialistas são 80 centímetros para mulheres e 94 para os homens. Mais atentos à balança do que à fita métrica, poucos se preocupam com a gordura abdominal. Estudo realizado pela Federação Mundial de Cardiologia revelou que 66% dos brasileiros se cuidam com base no peso, 6% calculam o IMC (Índice de Massa Corporal) e só 1% dá mais importância à saliência exacerbada da barriga.