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Armando Burd Basta olhar para outros cenários

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O roteiro traçado pelo ministério prevê o envio da reforma ao Congresso em quatro etapas, que devem começar ainda em novembro e se estender até meados de 2020. (Foto: Reprodução)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Nos últimos 60 anos, vários países que revisaram o sistema tributário aproveitaram para ir adiante. A análise não se concentrou apenas em questões técnicas. Foi a oportunidade de aprofundar a concepção das funções públicas e a divisão entre níveis de governo. O método de identificação de prioridades levou à conclusão sobre quanto é preciso arrecadar para manter os serviços públicos. Em nosso país, a noção se mantém vaga.

No final deste ano, a dívida pública brasileira chegará a 4 trilhões e 300 bilhões de reais. Não valerá a pena usar a reforma tributária para encontrar o rumo correto do progresso e do desenvolvimento?

Linha direta

Nove entre cada dez repórteres de Brasília escolheram o vice-presidente Hamilton Mourão como fonte preferencial. Na maioria das vezes, está disponível para entrevistas, demonstrando percepção da conjuntura política. Isso não se dá por acaso. Assessores, antes da posse, aconselharam que conversasse com especialistas. Deu certo.

Revezamento

A Comissão de Ética Parlamentar da Assembleia Legislativa elegerá amanhã o novo presidente. Tudo indica que será Fernando Marroni, do PT. Cumpriu mandatos como deputado federal e prefeito de Pelotas. Marroni substituirá Juliano Roso.

Criada em novembro de 1993, a Comissão tem 12 integrantes e a função de zelar pela observância dos preceitos éticos da atividade parlamentar e pelas imunidades e prerrogativas asseguradas pela Constituição, dos deputados estaduais no exercício de seus mandatos.

Falta coragem

No país de milhões de leis, decretos, medidas provisórias, regulamentos, estatutos e outros acessórios, falta incluir um teste, ainda que não obrigatório, para candidatos a cargos eletivos. Constaria de uma verificação sobre a capacidade de examinar orçamentos. Antes da ida às urnas, seria divulgada a nota de desempenho. Assumir sem esse conhecimento é ficar dependendo de tecnocratas que, muitas vezes, pensam no interesse próprio e, depois, no público. Até aqui, foi a regra que levou à bancarrota.

Menos chateação

Está em vigor pelo segundo ano a lei que desobriga as emissoras de rádio e TV a transmitirem espaços de propaganda partidária. Concebidos para a divulgação de ideais e programas nos períodos não eleitorais, foram extintos por lei em 2017. Tinham se tornado palco de mentiras, sonhos e ilusões. O apelido teledeboche foi escolhido com absoluta precisão.

Para onde vai

Dirigentes e seus apaniguados contam as horas para chegada da sexta-feira, quando o Tribunal Superior Eleitoral depositará a parcela mensal de 67 milhões e 500 mil reais na conta de 35 siglas. É o famoso Fundo Partidário, dinheiro oriundo de impostos e sobre os quais há prestação de contas pouco transparente.

Encenação

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, critica a cúpula atual do MDB, envolvida em denúncias. É discurso para o público externo. Nos bastidores, recebe apoios da estrutura viciada, a começar por Romero Jucá, para concorrer à presidência do diretório nacional.

É uma metralhadora giratória

O setor público brasileiro tem centenas de cargos: contador, procurador, promotor, controlador, entre outros. Agora, acrescenta-se o de provocador na figura do filósofo Olavo de Carvalho. Abancado nos Estados Unidos, fala sem parar.

Preocupados

A expectativa de aliados do governo na Câmara dos Deputados é que Michel Temer continue no centro do noticiário durante algumas semanas. É uma forma de tirar o presidente Jair Bolsonaro do foco de polêmicas e baixar a temperatura. Consideram condição indispensável para dar andamento à reforma da Previdência.

Para quem paga impostos

Na gestão pública, o amadorismo custa caro demais.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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