Sexta-feira, 25 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 11 de julho de 2023
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Extremistas foi palco de uma confusão após um parlamentar ironizar a pergunta da senadora Eliziane Gama (PSD-MA). Enquanto a senadora questionava Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, sobre visitas que ele recebe onde está preso, é possível ouvir a voz de um parlamentar tentando interromper e falando “visita íntima”.
Eliziane desejava saber sobre o motivo de Cid receber a vista de outros ex-auxiliares de Bolsonaro, como o deputado Eduardo Pazuello (PL-RJ), ex-ministro da Saúde, e Fábio Wajngarten, ex-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência.
“Eu tive acesso a lista de visitantes que o senhor tem recebido. Agora ultimamente o senhor está recebendo mais familiares. Por que Eduardo Pazuello e Fábio Wajngarten estiveram em algumas visitas com o senhor?” perguntou a senadora. Cid decidiu não responder.
Após o comentário sobre visita íntima, a senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) reclamou do comportamento na CPMI.
“Dizer que é visita íntima é um desrespeito ao depoente. Destacaram aqui atrás. É importante que se mantenha a linha aqui”, declarou.
Em meio a tentativa de interromper a senadora, o deputado Marcon (Podemos-RS), de oposição, se manifestou e reclamou do conteúdo da pergunta de Eliziane.
“Não tem nada a ver com a CPI, a gente só está aqui perdendo tempo. É lamentável o trabalho que a relatora está fazendo.”
O ex-ajudante de ordens está preso por conta do envolvimento em uma suspeita de fraude no cartão de vacinação de Bolsonaro e familiares. Por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-ajudante de ordens pode ficar em silêncio durante as perguntas que o incriminam.
Transfobia
Parlamentares acusaram o deputado da oposição Abilio Brunini (PL-MT) de transfobia contra a deputada Erika Hilton (PSOL-SP), durante a sessão dessa terça. Após a fala, o presidente da comissão, deputado Arthur Maia (União-BA), anunciou uma investigação sobre o caso.
“Eu não ouvi, mas outros deputados disseram que ouviram. O deputado Abílio disse que não falou. A nossa decisão é a seguinte: nós vamos fazer uma investigação, vendo as filmagens. Se vossa excelência falou, vai ter a leitura labial e vai ser fácil que isso seja identificado. Se vossa excelência de fato agir dessa forma, vai ter uma penalidade contra o senhor”, afirmou Maia a Brunini.