Quarta-feira, 05 de março de 2025
Por Redação O Sul | 4 de março de 2025
Pouco mais de 30 anos desde que o “Cristo Mendigo” desfilou pela primeira vez na escola Beija-Flor, a escultura retornou ao Sambódromo da Marquês de Sapucaí, na noite de segunda-feira (3), em uma cena marcante da apresentação da escola de samba de Nilópolis (RJ).
Durante o desfile, a imagem de Jesus Cristo envolto em um saco plástico chamou a atenção dos apaixonados pelo Carnaval. Com a frase “Mesmo proibido, olhai por nós” à frente, a escultura entrou na passarela com uma simbologia: a vitória do samba sob a arquidiocese.
Isso porque, em 1989, a imagem, que fazia parte do enredo Ratos e Urubus, Larguem Minha Fantasia, de Joãosinho Trinta, foi censurada a pedido da Igreja Católica.
Neste ano, a ideia de apresentar novamente a escultura em um desfile da escola foi do diretor de Carnaval Luiz Fernando Ribeiro do Carmo, o Laíla, também homenageado pelo enredo da Beija-Flor de Nilópolis.
Durante o desfile, a escola de samba ainda retomou outros baluartes, como dos carnavalescos Rosa Magalhães e do próprio Joãosinho Trinta.
Nas mídias sociais, a Beija-Flor descreveu a proposta: “Como último ato de nossa homenagem, reviveremos o que foi considerado o maior desfile da história da Beija-Flor, da Marquês de Sapucaí e, consequentemente, dos artistas geniais Laíla e Joãosinho Trinta. A releitura da icônica alegoria ‘O Cristo Preto’, transgressora e antológica, é relembrada, ao fim do desfile, como a grande obra”.