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Ben Affleck fala sobre o uso de Inteligência Artificial em novos filmes: “Nada novo é criado”

O ator também citou que a ferramenta pode simplificar tarefas e reduzir custos. (Foto: Reprodução de vídeo)

Ben Affleck opinou sobre o uso de IA (Inteligência Artificial) no mundo do cinema e falou que a ferramenta ainda está longe de desempenhar um papel relevante na indústria. O ator e diretor acredita que a nova tecnologia é capaz apenas de lidar com aspectos “mais mecânicos e menos criativos” e não possui a sensibilidade necessária para superar a essência artística do processo.

Durante a cúpula Delivering Alpha 2024, que é organizada pelo canal CNBC, o artista fez uma declaração. “A IA pode escrever para você um poema imitativo excelente que parece ter saído do período elisabetano, mas não consegue escrever um Shakespeare. A dinâmica de ter dois, três ou quatro atores em um ambiente e o gosto para discernir e construir… isso é algo que, no momento, está totalmente fora da alçada da IA, e acredito que continuará assim por um bom tempo”.

Apesar dos lados negativos em sua visão, Ben conta que a IA pode simplificar algumas tarefas e reduzir custos. “O que a IA vai fazer é eliminar os aspectos mais mecânicos, menos criativos e mais caros da produção cinematográfica. Isso permitirá reduzir os custos, diminuir as dificuldades de acesso [à indústria], dar voz a mais pessoas e facilitar para quem quiser criar seu próprio ‘Gênio Indomável’”, falou.

Logo após, o ator mencionou outras limitações da ferramenta. “A IA é, no máximo, um artesão. Artesãos podem aprender a fazer móveis observando o trabalho de alguém e reproduzindo suas técnicas. É assim que os grandes modelos de vídeo e linguagem basicamente funcionam. Eles estão apenas cruzando coisas que já existem. Nada novo é criado. Ser artesão é saber como trabalhar; arte é saber quando parar. E acho que saber quando parar será um desafio enorme para a IA, porque isso exige gosto”, disse.

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