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Mundo Veja como pensam os 10 mais cotados a novo papa

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O nome escolhido pode surpreender e não estar entre os 10 cotados pelos especialistas. (Foto: Reprodução)

Quem será o papa que substituirá Francisco? Os dez nomes mais cotados pelos especialistas do Vaticano aproximam-se do seguinte perfil: um homem europeu, branco, com cerca de 71 anos, indicado pelo último pontífice e detentor de uma postura mais introspectiva e discreta quanto a assuntos controversos na Igreja Católica.

O nome escolhido pode surpreender e não estar entre os 10 cotados pelos especialistas. O próprio Francisco, em 2013, não era considerado um nome forte para assumir o cargo.

Veja abaixo qual é a linha de pensamento de cada um desses dez papáveis em temas delicados para a instituição.

– Jean-Marc Avelin: Mostrou-se contrário à decisão da Igreja de dar a bênção a casais do mesmo sexo.

À época, Aveline foi um dos responsáveis por um comunicado feito pela conferência de bispos na França, pedindo que fosse mantida apenas a bênção para pessoas gays “isoladamente”, e não para casais homossexuais.

Em 2024, durante uma missa, ele comparou o aborto a crimes como tráfico de drogas.

O cardeal posicionou-se contra dois dos avanços recentes da Igreja, sob a liderança do Papa Francisco: O primeiro ponto é a comunhão para divorciados, determinada pelo Vaticano em 2023. Em uma entrevista para a mídia católica local, ele reforçou que católicos recasados no civil só poderiam receber a comunhão (ritual que representa o Corpo e o Sangue de Cristo) se não tiverem vida sexual ativa.

A segunda questão foi a bênção para casais do mesmo sexo. Poucos dias depois de a Igreja tomar essa decisão, Erdő não fez referência direta e explícita ao tema, mas afirmou o seguinte:

“Se somos cristãos, não devemos apenas seguir uma filosofia piedosa e filantrópica, talvez com conteúdo que muda a cada década de acordo com a moda ou o gosto da maioria, mas, sim, lembrar que os ensinamentos, a vida, a morte e a ressurreição de Jesus são o padrão eterno”.

Sobre o aborto, ele se posiciona contra, mas cita uma abertura da Igreja àquelas mulheres que se arrependem de ter cometido esse “erro”.

– Mario Grech: O cardeal foi a favor da bênção para casais do mesmo sexo, um avanço para o público católico LGBTQIAP+ na gestão do Papa Francisco. Em entrevista a um jornal local, disse que a repercussão contra a decisão do Vaticano era “uma tempestade em copo d’água”.

Grech também é progressista em um assunto que ainda gera debate entre os cardeais: a ordenação de mulheres na Igreja Católica. Francisco chegou a levantar esse debate e a aumentar a presença feminina nas instâncias decisórias da Igreja, mas não houve mudanças definitivas sobre o assunto em seu papado.

Em uma entrevista, Grech disse que considera “o diaconato feminino e um espaço diferente para as mulheres na Igreja” como “um aprofundamento natural da vontade do Senhor”, capaz de demonstrar “o dinamismo inerente à história da Igreja”.

– Juan José Omella Omella: Omella é a favor da decisão de Francisco de acolher casais de pessoas anteriormente divorciadas. Sobre isso, disse que “houve uma necessidade de maior cuidado” com os fiéis.

“Sentimos que, como Igreja, devemos acolher e acompanhar cada pessoa em sua situação específica”.

Sobre a bênção para casais homossexuais, o cardeal ficou “em cima do muro”. Em entrevista à imprensa local, reforçou que a medida do Vaticano é incompreendida na Europa, mas que é natural em outros continentes.

“É uma mudança de mentalidade para a Europa, porque achamos difícil entender essa maneira de pedir a Deus coisas que não eram feitas antes. É uma bênção espontânea que também é realizada na América Latina e que chegou à Europa graças aos imigrantes. Se entendermos dessa forma, entenderemos o texto divulgado pela Congregação para a Doutrina da Fé”, disse ele.

– Pietro Parolin: Atualmente, o cardeal atua quase como um “vice-papa”. Ele é tido por especialistas como um dos favoritos ao cargo. Nos temas controversos da Igreja, costuma ficar “em cima do muro” e fugir de polêmicas — provavelmente, como uma tentativa de ser uma figura mais democrática.

Ele não saiu em defesa da bênção para casais homossexuais, mas fez comentários brandos que não demonstram grande oposição ao assunto. Em entrevista, disse que é um ponto “sensível” e que seria necessária uma “investigação mais aprofundada”. Afirmou que a Igreja estava aberta e atenta aos “sinais dos tempos”, mas que deveria ser fiel ao Evangelho.

Já sobre a comunhão para divorciados, ele teve papel importante sobre a implementação em algumas dioceses na América Latina, como na Argentina.

– Luis Antonio Gokim Tagle: Tagle é tido como alguém cuidadoso com suas falas públicas, principalmente quando se trata de questões morais.

Ele costuma apoiar o público LGBTQIAPN+ e criticar católicos que fazem comentários de repreensão a gays. Mas, quando Francisco decidiu que a Igreja abençoaria casais homossexuais, Tagle não se manifestou publicamente (nem a favor, nem contra).

Sobre mulheres, ele também não disse nada oficialmente ou em entrevistas, mas fez parte de uma comissão do Vaticano que analisava o tema e concluiu que o ministério feminino “não era percebido como equivalente ao masculino”.

Em declarações públicas, comparou o aborto a um homicídio.

– Joseph Tobin: O cardeal Tobin atua nos Estados Unidos e é considerado progressista em determinados assuntos.

Uma de suas principais causas é a imigração. Em 2017, já no mandato de Trump, o cardeal acompanhou um imigrante sem documentos em uma audiência de deportação. Frequentemente, ele apela a líderes católicos para que resistam às políticas de restrição à imigração.

Defende a participação e a ordenação de mulheres.

Sobre a bênção a casais homossexuais, ele mostra-se favorável, apesar de dizer que isso não muda o que a Igreja ensina sobre o casamento.

Já acerca da comunhão para divorciados, Tobin ficou “em cima do muro” quando foi questionado por jornalistas da mídia católica: não criticou e disse apenas que esse seria preciso “discernimento” para analisar cada caso.

– Peter Kodwo Appiah Turkson: O cardeal tem uma forte atuação humanitária e de articulação política em Gana, onde atua. Ele foi presidente do Conselho Nacional de Paz de Gana (NPC), estabelecido com a ajuda da ONU, entre 2006 e 2010.

Ele concorda com o celibato opcional e aponta que essa pode ser uma solução para locais em que não há padres suficientes.

Sobre a bênção para casais do mesmo sexo, ele chegou a apoiar declarações anteriores do Vaticano sobre o assunto, mas não voltou a falar do tema depois da decisão formal da Igreja Católica.

Em uma entrevista, disse que limitar as ordens sagradas aos homens não era discriminação contra as mulheres.

– Matteo Maria Zuppi: O italiano tem um tom moderado ao se expor sobre os assuntos mais polêmicos da Igreja. Apesar disso, entrou em conflito com Matteo Salvini, líder do partido de direita italiano e vice-primeiro ministro, por causa de questões de imigração.

Zuppi defende os direitos dos imigrantes.

Posiciona-se a favor da bênção de casais do mesmo sexo. Já disse que a medida é “um olhar amoroso da Igreja para todos os filhos de Deus, sem minar os ensinamentos do Magistério”.

Foi a favor da bênção para casais divorciados e recasados. Além disso, mostrou-se contrário à ala mais radical da Igreja, que só aceita relações desse tipo quando há castidade.

– Pierbattista Pizzaballa: Atual cardeal de Jerusalém. Em 2006, destacou como prioridade a “interação com o mundo judaico,” visto que “tradicionalmente, a Custódia sempre esteve próxima ao mundo árabe”. Esta abordagem ajudou a consolidar sua posição como mediador confiável entre os dois povos em conflito.

Operacionalmente, uma de suas primeiras decisões foi exigir que os jovens religiosos em formação estudassem ao menos uma das três línguas locais (árabe, hebraico ou grego), para se integrar melhor no contexto árabe-israelense.

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