Terça-feira, 05 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 5 de novembro de 2024
A decisão de Netanyahu de afastar Gallant é vista como um passo dramático para o primeiro-ministro.
Foto: ReproduçãoO primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, demitiu seu ministro da Defesa, Yoav Gallant, nesta terça-feira (5) após desentendimentos entre os dois líderes sobre a condução da guerra de Israel na Faixa de Gaza.
A decisão de Netanyahu de afastar Gallant, uma figura poderosa dentro de seu próprio partido, o Likud, é vista como um passo dramático para o primeiro-ministro.
Mas Gallant tem sido visto cada vez mais como um oponente interno e tem sido uma das principais vozes de moderação dentro do governo em questões de segurança em relação ao conflito geopolítico.
A demissão ocorre após o porta-voz do exército de Israel, Daniel Hagari e o então ministro da defesa Gallant virem a público com divergências em relação à gestão do primeiro-ministro sobre o futuro da guerra. “Esse negócio de destruir o Hamas, de fazer o Hamas desaparecer, é simplesmente jogar areia nos olhos do público”, disse Hagari em entrevista ao Canal 13. “O Hamas é uma ideia, o Hamas é um partido. Está enraizado no coração das pessoas. Qualquer um que pense que podemos eliminar o Hamas está errado.”
Anteriormente, assim como Hagari, à época ministro da defesa cobrou publicamente que Netanyahu apresente um plano para o pós-guerra. Em declaração recente, ele deu voz aos temores de que, sem uma estratégia política, o Hamas possa se reorganizar, o que levaria Israel a uma ocupação prolongada da Faixa de Gaza. “Peço ao primeiro-ministro Binyamin Netanyahu que tome uma decisão e declare que Israel não estabelecerá controle civil sobre a Faixa de Gaza, que Israel não estabelecerá governo militar na Faixa de Gaza e que uma alternativa de governo ao Hamas na Faixa de Gaza será criada imediatamente”, disse Gallant no mês passado.