Domingo, 19 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 6 de fevereiro de 2023
Capa do último álbum da cantora: "Renaissance".
Foto: ReproduçãoBeyoncé se tornou a artista com o maior número de Grammys na história na noite do último domingo (5). A cantora de 41 anos tinha a marca de 28 estatuetas antes da cerimônia de domingo, e precisava ganhar 4 de suas 9 indicações para superar o maestro Georg Solti, que ganhou 31 vezes ao longo da vida.
Durante a pré-cerimônia, Beyoncé já havia levado dois prêmios, pelas músicas Break My Soul e Plastic Off The Sofa, e precisaria de mais duas durante a premiação principal para bater o recorde.
A primeira veio logo no início da noite, quando Cuff It levou a estatueta de Melhor Música R&B, fazendo com que ela igualasse o número de Solti. A segunda – e mais esperada – foi na categoria Álbum de Dance/Eletrônica, que ela venceu com o Renaissance.
“Estou tentando apenas absorver essa noite. Quero agradecer Deus por me proteger. Quero agradecer meu tio, que não está aqui. Meus pais, por me amarem. Meu lindo marido, meus três filhos lindos que estão em casa assistindo. Que Deus abençoe vocês. Muito obrigada ao Grammy”, disse, emocionada, em seu discurso.
Retirada
No ano passado, Beyoncé retirou da música “Heated” um termo depreciativo para pessoas com deficiência, após protestos de ativistas que o consideraram ofensivo.
A estrela pop americana regravou o tema de seu último álbum “Renaissance”, no qual originalmente cantava a letra “Spazzin’ on that ass, spazz on that ass”.
Coescrita com o rapper canadense Drake, a letra parece utilizar a palavra “spaz” no sentido coloquial de perder temporariamente o controle ou atuar de forma errante.
Mas defensores das pessoas com deficiência indicaram que a palavra deriva de “spastic”, em tradução livre, espástico.
A espasticidade é um transtorno que implica rigidez muscular e dificuldade de movimentação que afeta 80% das pessoas que sofreram paralisia cerebral.
“A palavra, utilizada não intencionalmente de forma prejudicial, será substituída”, disse o porta-voz de Beyoncé.
Também no ano passado, a cantora americana Lizzo regravou a música “Grrrls” para eliminar o mesmo termo após queixas por considerá-lo depreciativo.
Hannah Diviney, australiana defensora de pessoas com deficiência, disse que o uso da palavra por parte de Beyoncé “é como um tapa na cara da comunidade de pessoas com deficiência e dos avanços que tentaram fazer com Lizzo”.