Sábado, 01 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 31 de janeiro de 2025
Grandes estrelas da música competem pelos principais prêmios do Grammy, no domingo (2), em Los Angeles, cidade que se recupera dos danos provocados pelos incêndios. Beyoncé e seu inovador álbum “Cowboy Carter”, que enaltece a cultura dos caubóis negros, lideram as indicações ao Grammy deste ano, com 11 chances de ganhar um prêmio.
“Cowboy Carter” é seu quinto álbum de estúdio na disputa pelo prêmio principal. Taylor Swift, que já ganhou o prêmio quatro vezes, está entre suas rivais na categoria.
A megaestrela já é a vencedora do Grammy mais indicada e mais premiada, mas também a mais desprezada: ela nunca venceu os prêmios de Álbum e Gravação do Ano, os mais importantes da festa.
Embora o extenso álbum duplo de Swift, “The Tortured Poets Department”, tenha deixado a desejar aos críticos, a cantora, que acabou de encerrar a Eras Tour, que bateu recordes, recebeu seis indicações.
Billie Eilish, outra frequente candidata, tem sete indicações, enquanto Charli XCX (oito indicações), Sabrina Carpenter (seis) e Chappell Roan (seis), estão todas concorrendo a prêmios importantes.
O astro do hip-hop Kendrick Lamar — cujo conflito com Drake gerou “Now like us”, uma das músicas mais virais do ano — recebeu sete indicações, e Post Malone, que recentemente trabalhou com Beyoncé e Swift, recebeu oito. Ambos são destaque nas categorias principais.
Esnobada
Beyoncé alcançou um feito histórico após a divulgação dos indicados ao Grammy Awards 2025. Ultrapassando o marido, o rapper Jay-Z, 54, ela se tornou a artista com maior quantidade de nomeações na história do evento. Além disso, é a recordista em quantidade de categorias neste ano.
O paradoxo de Beyoncé nunca ter ganhado os grandes prêmios reavivou a crítica frequente de que a Academia deixa de lado o trabalho de artistas negros.
“Cowboy Carter” é uma homenagem ousada e de grande escala à sua herança sulista, que questiona o setor country, que há muito tempo promove uma visão rígida do gênero, que é predominantemente branco e masculino.
A relação às vezes tensa de Beyoncé com o Grammy “realmente ilustra as falhas na forma como as organizações pensam sobre estilo e gênero, especialmente em relação a raça e gênero”, disse a musicólogo Lauron Kehrer.
“Acho que seria bom se o Grammy mostrasse um pouco mais de engajamento fora da esfera pop branca” nas categorias principais, disse à AFP.
A Academia tomou medidas para expandir e diversificar seu grupo de eleitores nos últimos anos, o que, segundo Kehrer, significa que “temos mais perspectivas a serem consideradas”.