Sábado, 11 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 19 de novembro de 2020
O presidente eleito dos EUA, Joe Biden, chamou de ” irresponsável” a recusa do presidente Donald Trump de aceitar os resultados da eleição presidencial de duas semanas atrás. Em entrevista coletiva em Delaware, o democrata chamou a estratégia de questionar sua vitória de “realmente ultrajante”.
“Acho que (os americanos) estão testemunhando uma irresponsabilidade incrível, mensagens incrivelmente prejudiciais sendo enviadas ao resto do mundo sobre como a democracia funciona”, declarou. “Não sei seus motivos, mas acho que ele é totalmente irresponsável”, diz.
Além de tentar tumultuar os dias que antecedem a formalização dos resultados, Trump também age para dificultar o trabalho da equipe de transição. O maior exemplo vem da Administração de Serviços Gerais, um órgão responsável por liberar a verba para as ações de mudança de governo: a chefe da agência não reconheceu a vitória de Biden, o que impede o acesso ao dinheiro.
Em outra frente, o Departamento de Saúde vem ignorando pedidos dos integrantes da transição para que informações sobre a Covid-19 sejam compartilhadas. Segundo informações da imprensa americana, foi emitida uma ordem interna para que os funcionários do informem seus superiores caso recebam pedidos do tipo. Na prática, um veto explícito a qualquer tipo de cooperação.
Ações como essa, na visão dos democratas, podem potencialmente atrapalhar os planos para adotar uma nova política de combate ao novo coronavírus imediatamente após a posse de Joe Biden, no dia 20 de janeiro. O democrata deixa claro que a pandemia é sua maior prioridade, e defende a união de todos neste momento desafiador. Na quinta-feira (19), ele se reuniu com dez governadores, cinco democratas e cinco republicanos, para discutir ações relacionadas à doença, e cogitou emitir uma ordem nacional exigindo o uso de máscaras.
“Dez governadores impuseram medidas sobre as máscaras e reconheceram a necessidade do uso universal das máscaras”, disse na entrevista coletiva. “Não é uma declaração política, é um dever patriótico”.
Outro foco é a economia. Ao mesmo tempo que defende mais medidas de estímulo, como a que está sendo discutida no Congresso, reafirmou que não vai impor um lockdown nacional, como alguns apoiadores de Donald Trump o acusaram de planejar.
“Não vou fechar a economia, ponto. Vou bloquear o vírus. É isso que vou atacar”, declarou Biden. “Cada região e cada comunidade podem ser diferentes. E não há circunstâncias que demandem um lockdown nacional. Acho que seria contraprodutivo”.
Rudy Giuliani
Rudy Giuliani deveria ter ajudado a embasar as alegações de fraude nas eleições americanas feitas pelo atual presidente Donald Trump. No entanto, em uma coletiva de imprensa realizada na cidade de Washington, na qual o advogado pessoal de Trump não apresentou nenhuma prova das supostas fraudes, Giuliani chamou mais a atenção por outros motivos.
Em evento transmitido ao vivo pelo canal Fox News, Giuliani falou direto da sede do Comitê Nacional do Partido Republicano e impressionou por suar intensamente durante a coletiva. Com o passar do tempo, linhas pretas de suor começaram a se formar no rosto do advogado, que também é conhecido por ter sido prefeito de Nova York entre 1994 e 2001.
O suor preto no rosto do advogado chegou a brotar dos dois lados de sua face e teve que ser retirado com um lenço algumas vezes por Giuliani. Segundo a imprensa americana, tudo indica que foi a tinta de cabelo dele que começou a se misturar com o suor e criou o líquido escuro.