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Geral Blogueiro ultramachista causa revolta com defesa de superioridade masculina

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Blogueiro se descreve como um "neomachista" que acredita que os homens estão sob um cerco feminista. (Foto: Reprodução)

Um grupo “neomachista” com visões extremas sobre os direitos da mulher teve que cancelar uma série de encontros globais, mas conseguiu espalhar sua mensagem pelo mundo com a ajuda de petições, reportagens e declarações de autoridades que condenaram suas ações.

O episódio levantou a questão: não teria sido tudo uma estratégia para gerar publicidade às opiniões polêmicas do grupo? O blog teria, dessa maneira, enganado políticos e a própria mídia?
Criador do blog ROK (Return of Kings) – ou retorno dos reis, em português –, o americano Daryush Valizadeh, 36 anos, conhecido como Roosh V, manifesta de forma aberta o desejo de causar indignação.
“Não há mais nada que a mídia possa fazer para me atingir. Até se me pintarem como um assassino de bebês, ganharei leitores por causa disso”, afirmou, após um documentário criticar suas ideias.

“Enquanto meu nome sair da boca de meus inimigos, vencerei e continuarei a vencer.”
A oposição à proposta do blogueiro de organizar, recentemente, uma “happy hour social” de homens em diferentes cidades pelo mundo começou com uma petição on-line na Austrália, que rapidamente teve milhares de adesões. A reação de Valizadeh foi anunciar, pelo Twitter, que havia marcado viagem para a Austrália.

O ato motivou uma chuva de críticas na mídia, e até um pedido ao ministro da Imigração da Austrália, Peter Dutton, para negar visto de entrada ao blogueiro. “Vou entrar no seu país, fazer minhas reuniões, rir e cair fora. Suas autoridades gays não irão me impedir”, escreveu Valizadeh em resposta. Ele provocou jornalistas australianas com propostas sexuais e disse que entraria na Austrália até de barco.
Mas ele nunca chegou a pedir visto de entrada e a “passagem de avião” que publicou no Twitter era apenas uma consulta de preços feita pela internet.

Fertilidade e beleza.
De fato, a posição antifeminista do blog é tão extrema que alguns comentaristas dizem acreditar que seja um grupo de “trolls” que exista apenas para incomodar as pessoas.
O chamado “trolling” é uma manifestação que se popularizou na internet, quando um grupo elege um alvo para ser bombardeado com insultos, provocações e ameaças.

O site ROK publica títulos como: “Como transformar uma feminista em sua escrava sexual” e “Como convencer uma moça a abortar”. Na seção sobre valores da comunidade do blog, há afirmações como “o valor da mulher depende significativamente de sua fertilidade e beleza”, enquanto “o valor do homem depende de seus recursos, inteligência e caráter”.

Os líderes do grupo dizem que sua campanha é sincera, mas não escondem a prática de estimular reações furiosas de feministas, ativistas LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros) e outros públicos tidos como inimigos.

“Expressamos nossas ideias de modo a chamar atenção para nosso trabalho e para entreter nossa audiência, porque acreditamos que nossa perspectiva tem valor e deve ser difundida. Não confundam arte provocativa com ‘trolling’”, escreveu um colaborador do site.

Condenação política.
A onda de revolta se espalhou da Austrália ao Reino Unido, Estados Unidos, Canadá e outros países, mas Roosh V e o ROK mantiveram a postura desafiadora, ameaçando transferir os encontros para ambientes fechados.

Recentemente, Valizadeh anunciou que estava cancelando os encontros porque não poderia “garantir a segurança e privacidade dos homens interessados em participar”.

Foi uma espécie de vitória para os oponentes do ROK. Mas o nome de Roosh V já está bem mais conhecido. O site dobrou seu número habitual de 82 mil visitantes únicos por dia.

Ao anunciar o cancelamento dos eventos, Valizadeh escreveu no Twitter: “Hoje sou mais popular que Jeb Bush [pré-candidato republicano à Presidência dos EUA] – lol [rindo bem alto]”. Talvez ele tenha conseguido exatamente o que queria.

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https://www.osul.com.br/blogueiro-ultramachista-causa-revolta-com-defesa-de-superioridade-masculina/ Blogueiro ultramachista causa revolta com defesa de superioridade masculina 2016-02-11
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