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Brasil Bloqueadores de drones da Presidência da República interferiram em mais de 170 voos no aeroporto de Brasília

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A atuação da Anatel no caso começou em abril de 2021, quando recebeu registro da Força Aérea relatando interferências no sistema de recepção de GPS das aeronaves

Foto: Sinclair Maia/Anatel
A atuação da Anatel no caso começou em abril de 2021, quando recebeu registro da Força Aérea relatando interferências no sistema de recepção de GPS das aeronaves. (Foto: Sinclair Maia/Anatel)

Uma fiscalização da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) identificou que quatro bloqueadores de drones instalados nos palácios do Planalto, Alvorada e Jaburu interferiram em pelo menos 173 pousos e decolagens no aeroporto de Brasília, entre abril de 2021 e março de 2022.

A informação consta em um relatório da agência. O documento foi finalizado em maio de 2022. Os equipamentos em questão foram adquiridos dois anos antes pelo GSI (Gabinete de Segurança Institucional) da Presidência da República sob o argumento de “evitar espionagem e aumentar a segurança das instalações palacianas”.

No relatório, segundo informações divulgadas pela CNN, a Anatel reforçou a origem do problema e solicitou a interrupção imediata da operação dos bloqueadores de drones, instalados a pelo menos 10 quilômetros de distância do aeroporto de Brasília.

“Em face dos resultados obtidos e relatados pelo presente relatório, constatou-se que as interferências no sistema de recepção de GPS das aeronaves, com perda da capacidade RNAV [navegação] em Brasília, eram causadas pelas emissões dos quatro equipamentos bloqueadores SCE 0100 –  DRONEBLOCKER operados pelo Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República”, diz o texto.

O GSI informou que desconhece o documento e que o sistema de proteção contra drones instalado nos palácios está operacional e não há previsão de ser desligado ou substituído.

A pasta afirmou ainda que um ato normativo da Anatel autorizou o uso de equipamentos dessa natureza “nos locais e adjacências onde o presidente da República e o vice-presidente trabalhem, residam ou haja a iminência de virem a estar, tanto dentro dos limites desses locais, até uma distância de 200 metros em torno delas”.

De acordo com a Anatel, a autorização para uso de bloqueadores existe. O problema seria o “tipo de equipamento” usado. Inclusive, o relatório da fiscalização recomenda outro setor da Anatel que avalie o possível cancelamento da certificação concedida pela agência à fabricante do equipamento. Segundo os responsáveis pelo estudo, mesmo se a frequência ou a intensidade forem reguladas, não cessariam os riscos à aviação.

“Sugere-se que seja realizada uma investigação aprofundada junto ao referido fabricante, bem como, de outros, se existentes, para levantamento da venda de equipamento similar para outros entes. Também é necessário realizar um acompanhamento preventivo da utilização de equipamentos similares por partes de embaixadas localizadas em Brasília”, afirmou a agência.

Fiscalização

A atuação da Anatel no caso começou em abril de 2021, quando recebeu registro da Força Aérea relatando interferências no sistema de recepção de GPS das aeronaves, com perda da capacidade de navegação em Brasília. Depois disso, a agência começou uma varredura em torres de telefonia e de emissoras de televisão.

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