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BNDES já liberou R$ 8,5 bilhões em empréstimos emergenciais para pequenas empresas atingidas pelas enchentes de maio

Montante equivale a quase um terço do disponibilizado pela instituição com esse finalidade. (Foto: Rafa Neddemeyer/Agência Brasil)

Desde as enchentes de maio no Rio Grande do Sul, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) já autorizou R$ 4,8 bilhões em empréstimos emergenciais a empresas com prejuízos causados pela maior catástrofe já ocorrida no Estado. O montante abrange financiamentos concedidos até o início desta semana e representa quase um terço do total disponibilizado (R$ 15 bilhões) para essa finalidade.

A informação foi compartilhada pela instituição de fomento nessa quina-feira (8). Até agora, são mais de 2.680 operações, das quais cerca de 80% tiveram por finalidade o incremento do capital-de-giro para pequenos e médios empreendimentos. “Os recursos viabilizaram pagamento de salários, compra de insumos, quitação de débitos com fornecedores e manutenção de empregos”, ressalta o informe.

Na lista geral estão incluídas pessoas jurídicas de direito privado, produtores rurais, cooperativas, transportadores autônomos de carga e empresários individuais. Microempresas também estão no foco do programa.

As três modalidades de apoio incluem: financiamento a aquisição de máquinas e equipamentos para recompor capacidade produtiva afetada; financiamento a projetos de investimento, tais como construção/reforma de fábricas, galpões, armazéns, estabelecimentos comerciais etc.; e crédito emergencial para capital de giro.

Além dos R$ 4,1 bi aprovados para capital de giro, a linha de crédito para máquinas e equipamentos somou R$ 623 milhões em aprovações. Já a linha de Investimento e Reconstrução deu sinal-verde para outros R$ 86,5 milhões.

“O programa atende empresas e empreendedores de áreas afetadas pelos eventos climáticos extremos, desde que tenham sofrido perdas materiais decorrentes da tragédia. Mais de 80% dos recursos aprovados foram para pequenas e médias empresas”, acrescentou a direção do BNDES.

Os R$ 15 bilhões do Fundo Social emergencial para o Rio Grande do Sul são divididos em R$ 7,850 bilhões para apoio direto às empresas com faturamento superior a R$ 300 milhões e outros R$ 7,159 bilhões para apoio indireto por meio da rede parceira de bancos privados, públicos, cooperativas de crédito e outros agentes financeiros em atuação no Estado.

Na modalidade indireta, já foi executado mais de 60% do orçamento previsto no Fundo Social. Dos R$ 7,1 bilhões destinados a micro, pequenas e médias empresas, foram executados cerca de R$ 4,3 bilhões, sendo o comércio e os serviços os maiores beneficiários.

“Deste orçamento, o BNDES reservou exclusivamente para micro e pequenas empresas um total de R$ 900 milhões, dos quais mais R$ 300 milhões já foram contratados [cerca de 35%]”, acrescentou o comunicado. “O banco também aprovou a suspensão de pagamentos por 12 meses em mais de 33,3 mil contratos, totalizando aproximadamente R$ 1,6 bilhão, sendo 59 operações diretas [com grandes empresas], que somam R$ 398,8 milhões.”

Garantia em operações de crédito

Já o fundo garantidor do FGI PEAC (Programa Emergencial de Acesso a Crédito) garantiu 2.134 operações, alavancando mais de R$ 2,1 bilhões em crédito para o Rio Grande do Sul, apontou o BNDES. O banco de fomento fornece as garantias para as operações de crédito que os bancos parceiros realizam com seus recursos junto às micro, pequenas e médias empresas gaúchas.

O banco lembrou ainda ter aprovado diversas operações diretas no setor de infraestrutura, para a reconstrução do Estado nas áreas de energia e transporte, incluindo rodovias e aeroportos.

“Essas operações são mais complexas e envolvem análise mais detalhada do BNDES, tanto pela expressividade do volume de recursos quanto pelo impacto que geram na economia”, ressaltou o banco de fomento.

(Marcello Campos)

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