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Por Redação O Sul | 16 de agosto de 2021
Contra Bob Dylan, foi ajuizado um processo de abuso sexual cometido em 1965 a uma menina de 12 anos, que teria sido dopada com entorpecentes e bebidas alcoólicas no Chelsea Hotel, conforme revelam documentos da Suprema Corte de Manhattan, segundo o jornal “The New York Post”.
A parte autora, agora uma mulher de 65 anos em Greenwich, no estado norte-americano de Connecticut, foi identificada apenas como J.C, que pede indenização por danos cujo valor não foi especificado e um julgamento com júri. A denúncia inclui “agressão, cárcere privado e imposição de sofrimento emocional”.
De acordo com a ação, o cantor, hoje com 81 anos, teria se aproveitado de sua fama para se aproximar da vítima e ganhar sua confiança “como parte de seu plano de molestá-la sexualmente e abusar dela”. Isso lhe teria causado “efeitos emocionais duradouros”, causando necessidade de “tratamento médico” para lidar com “depressão, humilhação e ansiedade”. As consequências, segundo J.C, “são de natureza permanente” e prejudicaram suas atividades regulares.
“Bob Dylan, durante um período de seis semanas entre os meses de abril e maio de 1965, tornou-se amigo e estabeleceu uma conexão emocional com o(a) querelante”, diz o documento, que foi registrado na sexta-feira, dia 13.
De acordo com a acusação, Robert Allen Zimmerman, nome civil do astro, estabeleceu a “conexão” para “diminuir as inibições (da menina) com o objetivo de abusar sexualmente dela”. Isso foi, segundo a ação, realizado junto com “o fornecimento de drogas, álcool e ameaças de violência física, deixando-a emocionalmente marcada e psicologicamente danificada até hoje”.
J.C entrou com o processo com base numa lei do estado de Nova York que permitia vítimas de abuso infantil denunciarem seus agressores independentemente de o crime já ter prescrito. Essa permissão, determinada em 2019, foi, entretanto, temporária. E a autora da denúncia em questão entrou com o processo um dia antes do prazo terminar, conforme explicou o “The New York Post”.
O representante de Dylan afirmou ao jornal que as acusações contra o cantor são falsas e ele será “vigorosamente” defendido.