O Poder Judiciário do Rio Grande do Sul fez a entrega, na segunda-feira (20) de matéria-prima doada para a confecção de 20 mil máscaras de proteção, a duas instituições públicas que estão atuando nesta área. O material foi repassado para a Fase (Fundação de Atendimento Socioeducativo) e para a Susepe (Superintendência dos Serviços Penitenciários).
A empresa Fitesa, especializada na produção de material para confecção de produtos nos mercados de higiene, médico e industrial, doou duas bobinas. Uma delas, que pode produzir 10 mil unidades, será repassada à Fase, onde os adolescentes que cumprem medidas socioeducativas poderão dar continuidade à confecção de máscaras. Desde o início do mês de abril, os jovens já vinham fazendo este trabalho em oficinas dentro das unidades.
O Juiz de Direito Charles Maciel Bittencourt, do 3º Juizado da Infância e Juventude de Porto Alegre intermediou a negociação com a indústria e resumiu a importância desse termo de cooperação entre as instituições: “Neste momento de ressocialização dos adolescentes, estas oficinas tão humanas e solidárias ajudam o jovem a refletir que, mesmo segregado, ele pode auxiliar as pessoas, pode auxiliar a coletividade num momento tão difícil como o que estamos vivenciando. Em razão disso, nesse aspecto pedagógico, esse projeto tem valor inestimável, pois ultrapassa os muros da FASE e alcança toda sociedade, em especial a mais vulnerável. É um momento de esperança. O ser humano, mesmo nessas horas, tem que auxiliar. E os adolescentes estão fazendo isso, o que nos deixa muito esperançosos.”
A outra bobina, com a mesma quantidade de matéria-prima, será destinada à Susepe, para que os detentos também possam trabalhar na montagem de máscaras.
Proteção para integrantes e público do Judiciário
O Poder Judiciário receberá 4 mil dessas máscaras para proteção dos servidores que não estão trabalhando de forma remota, como Oficiais de Justiça e Oficiais de Proteção. As pessoas que forem aos Foros para audiências também receberão.
A Juíza-Corregedora Nara Cristina Neumann Cano Saraiva destacou a importância de incentivar a produção destes equipamentos de segurança, tão necessários durante a pandemia de Coronavírus: “Esta ação possibilitou o incremento da fabricação de máscaras para atender a sociedade. Também estamos preocupados em proteger os servidores durante o Sistema Diferenciado de Atendimento de Urgência e pelo período em que houver a necessidade de efetiva proteção”, salientou a magistrada, ao frisar que 20% das máscaras serão destinadas ao Poder Judiciário.