Domingo, 22 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 23 de setembro de 2024
Este ano, foram confirmados 139 casos de leptospirose na capital gaúcha.
Foto: EBCDados sobre hepatites virais e leptospirose em Porto Alegre estão publicados no Boletim Epidemiológico 92 da Secretaria Municipal de Saúde. A publicação foi divulgada nesta segunda-feira (23).
Este ano, foram confirmados 139 casos de leptospirose na capital gaúcha. Este é o maior número de casos na cidade desde 2010. Em maio, o município foi acometido por um grande volume de chuva seguido de enchente por semanas. Quatro óbitos foram confirmados. Todos homens, com idade de 43, 50, 56 e 67 anos.
A doença é transmitida principalmente pela urina de ratos ou outros animais infectados. A bactéria entra no organismo por lesão de pele, por contato longo com a água de enchente ou enxurradas e pelas mucosas. A doença tem cura e o tratamento é oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
A pessoa que apresentar febre, dor de cabeça e dores no corpo (especialmente nas panturrilhas) alguns dias depois de ter tocado água suja, esgoto ou lama deve procurar imediatamente o serviço de saúde mais próximo. O diagnóstico e o tratamento precoces são fundamentais para o êxito da recuperação, bem como para evitar óbitos relacionados à doença. Os sintomas podem se manifestar em prazo de até 30 dias após a exposição às fontes de contágio.
Sobre hepatites, o boletim traz dados de infecção pelos vírus A, B e C entre 2019 e 2023. Foram confirmados 6.185 casos de hepatites na cidade. São 279 casos de hepatite A, 1.165 de hepatite B e 4.741 de hepatite C. Os números de Porto Alegre são altos quando comparados com as médias do Rio Grande do Sul e do Brasil.
O SUS oferece vacina para prevenir hepatite A e B. Para hepatite C não existe vacina disponível. A Secretaria Municipal de Saúde oferece teste rápido para diagnóstico de hepatite A, B e C em todas unidades de saúde da cidade.