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Rio Grande do Sul Bolo envenenado no Rio Grande do Sul: documento mostra “caminho” de arsênio comprado por Deise

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Compra de veneno foi realizada dias antes da morte do sogro. Na foto, Deise Moura dos Anjos

Foto: Reprodução
Compra de veneno foi realizada dias antes da morte do sogro. Na foto, Deise Moura dos Anjos. (Foto: Reprodução)

Deise Moura dos Anjos foi presa preventivamente em 5 de janeiro, acusada de envenenar uma família inteira, no Rio Grande do Sul. Meses antes, o sogro da suspeita, Paulo Luiz dos Anjos, morreu com arsênio em setembro de 2024.

A CNN teve acesso a imagens de comprovantes de entrega e rastreio de encomenda que mostram o caminho do veneno até a casa da suspeita. Inicialmente, a morte foi atribuída a uma suposta infecção intestinal ou intoxicação alimentar.

De acordo com as informações no aplicativo de rastreio da entrega, Deise fez a compra do veneno no dia 16 de agosto. O pedido do arsênio levou somente 5 dias para ser entregue na residência da suspeita. O sogro da suspeita morreu treze dias depois, após intoxicação com um leite em pó contaminado.

A Polícia Civil confirmou o envenenamento após exumar o corpo de Paulo. A investigação revela que Deise teria misturado arsênio em leite em pó para envenenar Paulo. A perícia encontrou vestígios da substância no organismo do sogro.

Motivações e manipulações

A polícia acredita que desavenças familiares motivaram o crime, sendo Zeli dos Anjos, sogra de Deise, o principal alvo. Após o ocorrido, Deise tentou manipular a família para encobrir a causa da morte de Paulo, inclusive pressionando a sogra a não investigar o caso.

Após a morte do sogro, Deise tentou cremar o corpo, possivelmente para ocultar as evidências do crime, segundo os investigadores. A cremação não foi realizada devido à falta da assinatura de um médico.

A suspeita também tentou manipular a família, segundo os investigadores revelaram durante entrevista coletiva, sugerindo que a intoxicação poderia ter sido causada por uma banana contaminada pela enchente, e pressionou a sogra, Zeli dos Anjos, a não investigar a morte do marido. Mensagens recuperadas do celular de Deise mostram que ela escreveu à sogra: “acho que não devemos procurar culpados para o que não tem”.

A Polícia Civil investiga outras mortes e casos de intoxicação no círculo de convivência de Deise. O corpo do pai da suspeita também pode ser exumado para análise. Mensagens recuperadas do celular de Deise revelaram pesquisas sobre arsênio na internet antes dos crimes. A polícia confirmou a entrega do veneno via Correios na residência da suspeita.

Diego dos Anjos, ex-marido de Deise, relatou a instabilidade emocional de Deise, afirmando que ela “vai do 8 ao 80 muito rápido”. Ele disse em depoimento que cogitava a separação, principalmente após a morte do pai. Ele descreveu a esposa como “briguenta”, com histórico de irritação por motivos fúteis. Apesar do histórico da esposa, ele não acredita que ela tenha envenenado a farinha em um caso separado.

Deise Moura dos Anjos, a mulher suspeita de envenenar o bolo que matou três pessoas de uma mesma família, foi encontrada morta na prisão, na última quinta-feira (13). A principal hipótese é suicídio.

Suspeita

As investigações apontavam que Deise teria envenenado um bolo com arsênio, o que resultou na morte de três mulheres e deixou outras duas pessoas internadas, durante uma confraternização familiar na véspera de Natal de 2024. Saiba quem foi suspeita de crimes.

Antes do incidente com o bolo, Deise era suspeita de ter matado seu sogro, Paulo Luiz dos Anjos, também com arsênio, colocando o veneno no leite em pó. Paulo Luiz morreu em setembro de 2024.

Nas redes sociais, Deise Moura publicava diversos momentos em família, com destaque para os momentos com o filho de 10 anos e uma afilhada, que ela descrevia como “a filha menina que não teve”.

Em uma publicação de 2023, Deise compartilhou uma imagem do personagem Coringa e a frase “quando for falar mal de mim, aproveita e fala todas as coisas boas que fiz quando você precisou”, para completar ela comenta “Não esquece, pois não foram poucas”.

Em outra publicação, onde outros integrantes da família de Deise aparecem com ela em uma foto de formatura, a suspeita de envenenar familiares do ex-marido descreve a família como sua “prioridade”. Em outra, ela descreve a mãe, que aparece sentada em uma poltrona, como “porto seguro”.

A gaúcha de 42 anos, encontrada sem vida em unidade prisional do Rio Grande do Sul, era torcedora do Grêmio e atuava profissionalmente na área de contabilidade.

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https://www.osul.com.br/bolo-envenenado-no-rio-grande-do-sul-documento-mostra-caminho-de-arsenio-comprado-por-deise/ Bolo envenenado no Rio Grande do Sul: documento mostra “caminho” de arsênio comprado por Deise 2025-02-19
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