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Bolsa fecha no maior patamar do ano após dados da inflação nos Estados Unidos

Principal índice acionário da bolsa de valores brasileira encerrou em alta de 0,69%, aos 133.317 pontos. (Foto: Reprodução)

O Ibovespa encerrou em alta pela sétima sessão consecutiva e superou os 133 mil pontos, atingindo, assim, o maior nível de fechamento do ano. A valorização das ações da Petrobras e o forte desempenho dos papéis de bancos deram impulso à bolsa brasileira, em um momento que tem sido bastante positivo para o mercado acionário doméstico, mesmo em meio às discussões sobre eventuais elevações na Selic.

Na sessão, os dados de inflação ao consumidor (CPI ) de julho nos Estados Unidos vieram dentro do esperado pelo mercado, o que ajudou a reforçar a tese de início de um ciclo de cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed) em setembro, embora com discussões sobre a magnitude da redução ainda estejam sobre a mesa. Além disso, os resultados das empresas no segundo trimestre acima das expectativas continuaram a sustentar o bom humor no mercado local.

No fim do dia, o Ibovespa subiu 0,69%, aos 133.318 pontos. Na mínima intradiária, tocou os 132.112 pontos e, na máxima, os 133.777 pontos. O volume financeiro negociado na sessão (até as 18h) foi de R$ 25,32 bilhões no Ibovespa e R$ 63,59 bilhões na B3. Em Nova York, o S&P 500 ganhou 0,38%, o Dow Jones fechou em alta de 0,61%, e o Nasdaq avançou 0,03%.

Na ponta negativa, as ações ordinárias da Localiza anotaram uma desvalorização de 17,05% após a companhia reportar fracos resultados no segundo trimestre.

Inflação

Um dia após a surpresa positiva com a desinflação mais acelerada que o esperado dos preços no atacado nos EUA, os resultados em linha com o esperado da inflação ao consumidor de julho deixou as bolsas de Nova York sem grandes gatilhos para movimentos mais acentuados na sessão desta quarta-feira. Com uma redução nos juros americanos em setembro já contratada, ainda há alguma incerteza quanto à magnitude e à velocidade dos cortes.

“Precisamos nos preparar”, diz a estrategista-chefe do Inter, Gabriela Joubert. “Olhar com mais carinho para setores mais sensíveis a juros, que acabam se beneficiando, e olhar para mercados emergentes. Com essa correção nos cortes de juros [nos EUA], os investidores buscam alternativas e isso favorece o Ibovespa.”

Em relação à bolsa brasileira, Joubert adota uma visão mais “construtiva”, ao apontar que há muitas empresas bem avaliadas, mas que estão com ações descontadas, quando comparadas historicamente. “Eu vejo que podemos ter uma recuperação do Ibovespa. Há entrada de capital estrangeiro, movimento das ‘blue chips’, cases interessantes no setor do varejo, diz.

A incógnita fica com as commodities, com menor crescimento da China e EUA, mas não vejo os preços despencando, apenas corrigindo um pouco, o que poderia limitar os ganhos das exportadoras”, pondera a estrategista.

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