Segunda-feira, 31 de março de 2025
Por Redação O Sul | 27 de março de 2025
No fim do pregão, o principal índice da bolsa brasileira registrou ganhos de 0,47%, aos 133.148,75 pontos
O Ibovespa e o dólar encerraram a sessão desta quinta-feira (27) em alta, com investidores repercutindo a perda de força da inflação brasileira, segundo dados prévios de março publicados mais cedo. O mercado também digere dados do Relatório de Política Monetária do Banco Central, indicando crescimento menor do País neste ano.
Os dois vetores sinalizam juros menores no Brasil, dando força aos ativos locais. Na cena internacional, as atenções seguem na política tarifária de Donald Trump, que ganhou nova força na véspera após anuncio de taxas de 25% sobre carros importados.
No fim do pregão, o principal índice da bolsa brasileira registrou ganhos de 0,47%, aos 133.148,75 pontos, superando esse patamar desde outubro do ano passado e indo em direção oposta à das bolsas dos Estados Unidos e Europa. O dólar, por sua vez, também encerrou as negociações no positivo, com alta de 0,44%, a R$ 5,7580 na venda.
No mercado nacional, os ganhos da divisa norte-americana foram impulsionados pela expectativa dos operadores por altas menores na taxa Selic nos próximos meses, após a divulgação de dados de inflação abaixo do esperado e de projeções mais fracas do BC para a economia brasileira.
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de março desacelerou mais do que o esperado na base mensal, a 0,64%, de um ganho de 1,23% em fevereiro. Economistas consultados pela agência de notícias Reuters projetavam um avanço de 0,7% no mês.
Em 12 meses, o IPCA-15 acelerou menos do que o esperado, registrando ganho de 5,26% em março, de alta de 4,96% no mês anterior e ante a projeção dos analistas de avanço de 5,30%.
Enquanto isso, ao divulgar seu Relatório de Política Monetária, o BC afirmou que passou a ver o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro crescendo menos em 2025 do que o projetado anteriormente, com expansão de 1,9% agora, ante uma alta de 2,1% na estimativa de dezembro.
As duas divulgações levavam operadores a precificar 78% de chance de uma alta de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros em maio, contra 22% de probabilidade de aumento de 0,75 ponto.
Na véspera, a chance do aumento menor estava em 62%. A curva de juros, por sua vez, também refletia a nova expectativa, com as taxas dos DIs recuando para uma série de contratos. Juros menores no Brasil implicam um diferencial de juros menor do país em relação a seus pares, o que acaba desvalorizando a moeda brasileira ao afastar investidores estrangeiros.
Neste mês, o BC elevou a Selic em 1 ponto percentual, a 14,25% ao ano, pelo terceiro encontro consecutivo, sinalizando ainda um novo aumento de menor magnitude na próxima reunião, em maio. As informações são do portal de notícias CNN Brasil.