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Bolsonaro afirma que falou a palavra “PF” em reunião ministerial

"Eu espero que a fita se torne pública para que a análise correta venha a ser feita", declarou o presidente. (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

O presidente Jair Bolsonaro admitiu nesta sexta-feira (15) que falou a palavra “PF” na reunião ministerial do dia 22 de abril. Ele ressaltou, no entanto, que se posicionou para interferir em assuntos de segurança física da sua família, e não em temas de inteligência e investigações dentro da corporação.

No início desta semana, Bolsonaro havia dito que não mencionou o termo “Polícia Federal” durante a reunião. O encontro ministerial é alvo de inquérito aberto no STF (Supremo Tribunal Federal) para investigar denúncias do ex-ministro da Justiça Sérgio Moro de que Bolsonaro tentou interferir politicamente na PF.

Na saída do Palácio da Alvorada, jornalistas questionaram Bolsonaro sobre a palavra “PF” ter aparecido na transcrição da AGU (Advocacia-Geral da União), contrariando a versão do presidente para a reunião.

“Está a palavra PF, duas letras: PF”, respondeu o presidente. Diante de novas perguntas sobre o tema, Bolsonaro afirmou que quer que as falas dele no vídeo sejam divulgadas para que seja feita a interpretação “correta” sobre a reunião.

“Eu espero que a fita se torne pública para que a análise correta venha a ser feita. A interferência não é nesse contexto da inteligência, não. É na segurança familiar. É bem claro”, afirmou Bolsonaro.

Cabe ao GSI (Gabinete de Segurança Institucional) fazer a segurança do presidente e de seus familiares, e não à PF. O chefe do GSI é o ministro Augusto Heleno.

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