Sexta-feira, 31 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 7 de dezembro de 2024
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que ele é “o plano A, B e C” para a eleição de 2026. Ele descartou escolher o nome de um substituto, mesmo após o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) se colocar à disposição como “plano B” para a disputa.
“Enquanto eu não morrer, física e politicamente, sou eu mesmo. O plano A sou eu, o plano B sou eu também e o plano C sou eu. A não ser depois da minha morte física ou política em definitivo que eu vou pensar em possível nome”, afirmou.
A efetivação de uma nova candidatura presidencial de Bolsonaro em 2026 é considerada improvável. Ele está inelegível até 2030 por determinação do Tribunal Superior Eleitoral. O ex-presidente foi condenado em três ocasiões. Duas penas por inelegibilidade seguem em vigor. A outra decisão foi revogada.
Condenação
A primeira condenação ocorreu em junho de 2023, por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação, em razão da reunião com embaixadores na qual o então presidente atacou, sem apresentar provas, as urnas eletrônicas e o sistema eleitoral do País. Três meses depois, em outubro, o ex-chefe do Executivo foi condenado por abuso de poder político durante o feriado de Dia da Independência em 2022. Os ministros concluíram que ele usou a data cívica para fazer campanha.
Em entrevista na quarta-feira (4), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) se colocou como um “plano B” do clã bolsonarista nas eleições presidenciais de 2026. A declaração do filho “03″ do ex-presidente expôs uma das linhas discutidas entre os aliados do ex-chefe do Executivo para a próxima disputa ao Planalto: contar com um Bolsonaro nas urnas diante do provável impedimento do ex-presidente, que está inelegível.
Para aliados próximos, Bolsonaro tem se mostrado irredutível sobre uma candidatura em 2026. Nesta sexta-feira, 6, chegou a afirmar em entrevista à Rádio Gaúcha, que ele é “o plano A, B e C” para as eleições 2026. “Enquanto eu não morrer”, disse.
Um interlocutor próximo ao ex-presidente disse ao Estadão que Bolsonaro deverá levar a possível candidatura adiante até ser declarado impedido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em uma estratégia semelhante ao que adotou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2018. À época, Haddad substituiu o líder petista após ele ter a candidatura barrada pelo TSE com base na Lei da Ficha Lima, a menos de um mês para o primeiro turno. (Estadão Conteúdo)