O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) informou, neste domingo (29), ter apagado sem querer seu novo canal no WhatsApp e, com isso, perdido mais de 81 mil seguidores.
“Não sei mexer direito em novas ferramentas de internet e acabei, por engano, apagando nosso novo canal de WhatsApp que trazia mais de 81 mil seguidores e informações todos os dias”, escreveu ele, no X (ex-Twitter).
O ex-presidente explicou que não é possível recuperar o canal e, por isso, reiniciou a tarefa. Em seguida, divulgou o link do novo canal em suas redes sociais. Bolsonaro tem 25,3 milhões de seguidores no Instagram, 11,6 milhões no X, 15 milhões no Facebook, 6,4 milhões no YouTube, 2 milhões no Telegram e 5,5 milhões no TikTok.
Julgamento de Bolsonaro
O julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que apura suposto abuso de poder político e econômico pelo ex-presidente no pleito do ano passado será retomado nesta terça-feira (31), a partir das 19h, com a possibilidade de mais uma condenação para Bolsonaro.
O ex-presidente é investigado pelas comemorações do Bicentenário da Independência em 7 de setembro de 2022. Até o momento, dois ministros votaram a favor da condenação e um contra. O corregedor da Justiça Eleitoral, ministro Benedito Gonçalves, votou pela condenação por crimes eleitorais. Três ações atribuem ao ex-chefe do Executivo conduta vedada, abuso de poder político e de poder econômico.
As ações em questão foram impetradas pelo PDT e pela senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), que foi candidata à Presidência no ano passado. É argumentado que os desfiles do 7 de Setembro em Brasília e no Rio de Janeiro foram usados pela campanha à reeleição de Bolsonaro como eventos eleitorais.
Gonçalves, que é relator dos processos no TSE, defendeu a condenação de Bolsonaro à inelegibilidade, pelo prazo de oito anos, e sugeriu, ainda, a aplicação de multa no valor de R$ 425 mil. A sessão foi suspensa quando havia dois votos pela condenação e um pela absolvição.
Esta é a terceira leva de processos eleitorais contra Bolsonaro. No final de junho, o ex-presidente foi condenado e declarado inelegível por oito anos por atacar as urnas eletrônicas e o sistema eleitoral em um encontro com embaixadores no Palácio da Alvorada. Neste mês, ele foi absolvido em um segundo bloco de ações, que o acusavam de usar o cargo para fazer campanha na eleição de 2022. O ex-chefe do Executivo é alvo de mais nove processos. Uma nova condenação não ampliaria o prazo de inelegibilidade do ex-presidente.