Quinta-feira, 14 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 6 de setembro de 2024
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nessa sexta-feira (6) que o ato de Sete de Setembro, previsto na Avenida Paulista, em São Paulo (SP), será para “desafiar o sistema” e pedir o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A declaração foi dada em comício na cidade de Juiz de Fora, em Minas Gerais, na mesma esquina onde ele havia sido esfaqueado durante a campanha presidencial, em 2018.
“Amanhã [neste sábado, 7] estaremos na Paulista. Não iremos lá comemorar a Independência, porque não existe país independente com seu povo sem liberdade. Vamos desafiar o sistema que comecei abrir as suas vísceras há exatamente seis anos atrás”, disse o ex-presidente.
Bolsonaro atacou diretamente Moraes, a quem chamou de “ditador”, que “não quer o melhor futuro do seu País”.
“Nós vamos amanhã para a Paulista para falar que aquele ministro do Supremo Tribunal Federal não dá mais” disse, em alusão à Alexandre de Moraes. “Ele não tem sensibilidade, não tem noção, age como um obcecado para perseguir a minha pessoa”, completou.
Após pedir o impeachment do magistrado, Flávio, um dos filhos do ex-presidente, se referiu nominalmente a Moraes.
“Me perguntam o que farei como senador e vamos fazer junto com vocês. Nós vamos fazer o impeachment do Alexandre de Moraes”, disse o senador.
Bolsonaro também comentou que sua saída do Brasil em 30 de dezembro se deu porque “algo” o aconselhou a agir daquela maneira. Na ocasião, ele não passou a faixa presidencial ao seu sucessor, Luiz Inácio Lula da Silva. O ex-presidente também falou que não passou a faixa a Lula porque “não passa a faixa para ladrão”.
A presença de Bolsonaro em Juiz de Fora coincidiu com o aniversário de seis anos do atentado. O evento, chamado de “Ato de Comemoração dos 6 anos de Renascimento do ex-presidente Jair Bolsonaro em Juiz de Fora”, teve presença da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), do deputado federal Nikolas Ferreira (PL) e do candidato à prefeitura da cidade, o deputado Charlles Evangelista (PL), quem o ex-presidente apoia.
Campanha
O ex-presidente avaliou ser “muito cedo” para que entre “massivamente” na campanha do candidato à reeleição em São Paulo, Ricardo Nunes (MDB).
“Esse apoio mais explícito não parte de mim e ponto final. Está muito cedo para eu entrar massivamente na campanha dele [Nunes], pode ser que tenha que esperar um pouco mais”, disse em conversa com jornalistas após comício realizado com o candidato à prefeitura de Belo Horizonte, Bruno Engler (PL).
Ele também negou boatos de que teria pedido para que o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) se afastasse da campanha de Nunes.
“Quem foi que falou que eu fiz? Para a imprensa é fácil falar uma fonte, uma pessoa próxima ao Bolsonaro, um amigo, não sei o que lá e vocês tem o sigilo da fonte… Então é uma fofoca na imprensa, não coaduno com isso”, afirmou.