Segunda-feira, 14 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 16 de maio de 2019
O presidente Jair Bolsonaro recebeu nesta quinta-feira (16), em Dallas, nos EUA, o prêmio de Personalidade do Ano da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos. Na solenidade, ele prestou continência à bandeira norte-americana.
Bolsonaro “lamentou” não poder ter recebido a honraria em Nova York, após ter sido criticado pelo prefeito da cidade, Bill de Blasio. A fala de Bolsonaro durou cerca de 10 minutos. O presidente afirmou que a sua eleição foi um ato de coragem dele, que, com a ajuda de seus apoiadores, conseguiu vencer, contrariando o que muitos pensavam.
“Eu quero agradecer também a coragem desses 22 homens, que são meus ministros, de entrar nesse time. Desde há muito sabíamos que não seria fácil”, declarou. Bolsonaro destacou o estreitamento de relações com os Estados Unidos que faz parte de sua linha de administração, inclusive, abrindo campo para que o comércio entre os dois países fique ainda mais intenso.
Antes de encerrar sua fala, o presidente brasileiro se embaralhou em seu próprio slogan de campanha ao tentar fazer uma adaptação para agradar aos anfitriões da homenagem recebida por ele. “Brasil e Estados Unidos acima de tudo e Brasil acima de todos”, disse. Normalmente, a fala que serve como marca a gestão dele é “Brasil acima de tudo e Deus acima de todos”.
Imprensa
Bolsonaro também utilizou o seu discurso de agradecimento nesta quinta-feira, durante a cerimônia que o homenageou, para fazer críticas à imprensa brasileira e aos partidos de esquerda e para ironizar as manifestações contra as reduções orçamentárias na área da educação.
No evento organizado pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos, Bolsonaro afirmou que sofre com a mídia brasileira, que, segundo ele, não é isenta, e disse que a esquerda no País se infiltrou em universidades e escolas de ensino médio e fundamental.
“Até hoje sofremos com a mídia brasileira. Até venho sempre dizendo à mídia brasileira: ‘Se vocês fossem isentos, já seria um grande sinalizador de que o Brasil poderia, sim, romper obstáculos e ocupar um lugar destaque no mundo’”, declarou.
Em tom irônico, ele disse que foram feitos protestos em capitais do País “como se a educação até o final do ano passado fosse uma maravilha no Brasil”. Na quarta-feira (15), também nos Estados Unidos, Bolsonaro disse que manifestantes eram “idiotas úteis” e “massa de manobra”.