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Brasil Bolsonaro busca ativar militância e acirrar discurso contra sua condenação

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O ex-presidente está inelegível até 2030 e pode aumentar a inelegibilidade se for condenado por golpe de estado. (Foto: Antonio Augusto/STF)

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) retomou o tom incisivo e aumentou sua exposição pública nos últimos meses. O movimento foi ficando mais claro diante do julgamento da trama golpista no STF (Supremo Tribunal Federal), no qual se tornou réu na última quarta-feira (26).

No mesmo dia, ele fez um pronunciamento de 50 minutos e, no fim da tarde, falou com jornalistas por cerca de 45 minutos no Senado.

O objetivo, de acordo com aliados e parlamentares bolsonaristas, é uma correção de rumo na estratégia diante de uma provável condenação criminal: ativar a militância, acirrar a campanha contra o julgamento e tentar se defender.

Há pressa na estratégia, uma vez que a expectativa é de condenação ainda neste ano. Dessa forma, ele busca criar um movimento popular significativo a seu favor, na expectativa de um fato novo que possa mudar o curso do julgamento — seja a aprovação da anistia no Congresso ou uma sanção dos Estados Unidos ao Judiciário brasileiro.

A avaliação professada pelos bolsonaristas é que o ex-presidente sofre uma perseguição do Judiciário e que o processo é político, não criminal. A Primeira Turma o tornou réu junto com outros sete nomes sob acusação de integrar o núcleo central da trama golpista que, em 2022, buscou evitar que Lula (PT) assumisse a Presidência da República.

A decisão do Supremo abre caminho para julgar o mérito da denúncia contra Bolsonaro até o fim do ano, em esforço para agilizar o trâmite e evitar que o caso seja contaminado pelas eleições presidenciais de 2026.

Para ativar a militância, aliados entendem que o melhor é deixar Bolsonaro falar, inclusive sem roteiro. Ele apenas foi orientado a não xingar nem a falar palavrões em suas críticas — no passado, chegou a chamar Moraes de canalha.

Nas falas mais recentes, o ex-presidente usou um tom mais explosivo e retomou temas como a ofensiva contra o sistema eleitoral. “Eu não sou obrigado a acreditar, confiar num programador. Eu confio na máquina”, disse na quarta.

“[O STF] Quer botar 30 [anos de cadeia] em mim. Se eu estivesse devendo qualquer coisa eu não estaria aqui. Fui para os Estados Unidos, graças a Deus, que se eu estivesse aqui no dia 8 de janeiro, eu estaria preso até hoje. Ou morto, que é o sonho que eu sei de alguns aí. Porque preso eu vou dar trabalho.”

Em outra frente, a anistia aos presos do 8 de Janeiro é sua principal bandeira neste momento. Inclusive, bolsonaristas celebraram o ato chamado pela esquerda para pedir a prisão de Bolsonaro em São Paulo, porque querem comparar fotografias e demonstrar força política.

Setores da esquerda convocaram ato na avenida Paulista para este domingo (30). O do ex-presidente será no domingo seguinte, dia 6, com a presença de parlamentares e governadores, na mesma avenida. As informações são do portal Folha de São Paulo.

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https://www.osul.com.br/bolsonaro-busca-ativar-militancia-e-acirrar-discurso-contra-condenacao/ Bolsonaro busca ativar militância e acirrar discurso contra sua condenação 2025-03-29
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