Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 26 de março de 2019
Em uma sequência de posts no Twitter, Jair Bolsonaro comemorou a criação de 211 mil novas vagas de emprego nos últimos dois meses. “A visão liberal de nosso governo passa confiança à economia real, e os empresários começaram a contratar mais”, escreveu ele na rede social. Ele ainda falou de concessões e leilões e disse que a “confiabilidade” no governo vai aumentar e gerará mais investimentos no País.
O post, direcionado a empresários e ao mercado, coincide com um momento em que o otimismo com a reforma da Previdência vem arrefecendo em razão da dificuldade do governo em montar sua articulação política. A criação de empregos vem reagindo desde a reforma trabalhista, aprovada em 2017 no governo Temer. Nos 12 meses terminados em fevereiro, foram criados 575.226 postos de trabalho.
Mourão
O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) afirmou nesta terça-feira (26), em São Paulo, a uma plateia de empresários, que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) não é uma ameaça à democracia. “Quero deixar claro que Jair Bolsonaro não é e nem nunca será uma ameaça à democracia. Tem um enorme compromisso com as instituições. Vamos enfrentar o que precisa ser enfrentado. Vamos marcar nossa gestão por eficiência e zero corrupção”, disse Mourão em evento promovido pela Fiesp (Federação da Indústria do Estado de São Paulo).
Mourão definiu Bolsonaro como um “estadista” e disse que o governo terá que enfrentar medidas impopulares para que o País cresça no longo prazo. “Quero enfatizar que ele é um estadista, que ele não está pensando nas próximas eleições, mas nas próximas gerações. Quando terminarmos o governo e entregarmos a faixa presidencial em 2023, gostaríamos muito que a nossa população estivesse vivendo aquilo que o presidente Roosevelt chamou das 4 grandes liberdades humanas: liberdade de expressão, de religião, de não sermos forçados a fazer o que não queremos e a liberdade de não termos medo.
“Pedradas”
O vice-presidente disse que embora sua experiência política seja mínima, acredita que o “bom senso” deve prevalecer e que faz parte do jogo político “levar pedradas”. Ele ainda defendeu diálogo com o Congresso para que reformas como a da Previdência possam ser aprovadas.
“Temos um preço para pagar no curto prazo. Nosso governo vai ter que enfrentar as medidas impopulares. Na instituição que eu servi durante 46 anos a gente sempre dizia: o comandante não tem que ser aplaudido no pátio. O comandante tem que tomar decisões. Então nós teremos que tomar decisões para que o país progrida no longo prazo. Por isso, temos que colocar na cabeça das pessoas que abdiquem a ideia de que o estado pode tudo. Roda a maquininha lá e produz o dinheiro”, disse.