Quinta-feira, 28 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 23 de agosto de 2019
O presidente Jair Bolsonaro conversou nesta sexta-feira (23), por telefone, com o premiê da Espanha, Pedro Sánchez, e com o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, sobre os ataques que o Brasil tem recebido com relação à política de proteção do meio ambiente, ante o aumento das queimadas na região amazônica. Segundo fontes, os dois deram apoio o Brasil. As informações são do jornal Estado de S. Paulo.
O presidente Jair Bolsonaro conversou nesta sexta-feira, 23, por telefone, com o premiê da Espanha, Pedro Sánchez, e com o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, sobre os ataques que o Brasil tem recebido com relação à política de proteção do meio ambiente, ante o aumento das queimadas na região amazônica. Segundo fontes, os dois deram apoio o Brasil.
Segundo a reportagem, o governo brasileiro vai chamar o embaixador do Brasil na França em razão dos ataques que o presidente francês Emmanuel Macron fez ao presidente Bolsonaro. O gesto de chamar o embaixador é simbólico e demonstra total insatisfação do País com a França em razão das ações contra o presidente brasileiro. Macron, na visão do governo brasileiro, chamou Bolsonaro de mentiroso. Ainda de acordo com fontes, o Ministério das Relações Exteriores deve divulgar uma nota se pronunciando sobre isso.
França e ONU
O presidente da França, Emmanuel Macron, chamou a situação das queimadas na Amazônia de “crise internacional” e afirmou que o tema deve ser discutido em reunião desta semana no G7 (grupo de países ricos, formado por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido). Já o secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), António Guterres, se mostrou “profundamente preocupado” com o problema na floresta.
De 1.º de janeiro até terça-feira (20), foram contabilizados 74.155 focos, alta de 84% ante o mesmo período de 2018, segundo o Inpe. Um pouco mais da metade (52,6%) desses focos têm ocorrido na Amazônia.
“Em meio a uma crise climática internacional, não podemos permitir que se produzam mais danos em uma importante fonte de diversidade e oxigênio”, escreveu Guterres no Twitter.
Comentário semelhante foi postado pelo presidente da França, Emmanuel Macron, nas redes sociais também nesta quinta-feira. “Nossa casa está queimando. Literalmente. A Floresta Amazônica – o pulmão do nosso planeta, que produz 20% do oxigênio – está em chamas. É uma crise internacional. Membros do G7, vamos discutir essa emergência de primeira ordem daqui a dois dias”, escreveu em duas publicações seguidas, em francês e inglês.
Junto do comentário, Macron utilizou a hashtag #ActForTheAmazon (“aja pela Amazônia”) em vez de #PrayforAmazon (“reze pela Amazônia”), mais popular nas redes sociais.
A ativista climática Greta Thunberg, de 16 anos, idealizadora do movimento estudantil Fridays for Future contra o aquecimento global, também se manifestou contra as queimadas que atingem a Floresta Amazônica. A ativista está a bordo do Malizia II rumo a Nova York para participar de uma conferência sobre o clima na sede da ONU.
“Mesmo aqui no meio do Oceano Atlântico, eu ouço sobre a quantidade recorde de incêndios devastadores na Amazônia. Meus pensamentos estão com os afetados. Nossa guerra contra a natureza deve acabar”, disse Greta.