Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 1 de setembro de 2024
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou a suspensão do X (antigo Twitter) e sugeriu que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), quer uma ditadura. Em discurso durante evento com candidatos em Londrina (PR), Bolsonaro fez críticas indiretas ao magistrado.
“Hoje, amanhecemos sem Twitter, o X. E acusavam que eu seria o ditador. Aquela turma lá comemorou junto com aquele outro cara, do ‘missão dada é missão cumprida’, de terem salvado a democracia no Brasil. Estamos vendo cada vez mais quem queria e quem está impondo uma ditadura no nosso País”, disse o ex-presidente.
Ele aproveitou para convocar os apoiadores para um ato marcado para o dia 7 de setembro em São Paulo. Ele tem dito que a manifestação não é partidária, mas “em defesa da democracia”.
Bolsonaro ainda reforçou que seus apoiadores não tinham intenção de dar um golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023. “O que teria acontecido comigo se eu estivesse no Brasil no dia 8 de janeiro? Certamente, estaria preso até hoje. Me acusam de tudo, até de um golpe de festim. Estamos vendo que quem está conduzindo o Brasil para uma ditadura não é eu ou quem esteve ao meu lado”, discursou.
Jair Bolsonaro saiu em defesa dos presos por envolvimento nos ataques de 8 de janeiro e disse que “canalhas e ladrões” amigos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não tiveram as mesmas punições.
No Facebook, o ex-presidente também criticou a decisão de Moraes que suspendeu a plataforma do empresário Elon Musk no Brasil. A medida foi tomada depois de reiterados descumprimentos de ordens judiciais.
“A saída do X do Brasil, especialmente nas circunstâncias a que todos assistimos desde ontem com perplexidade, representa mais um duro golpe à nossa liberdade e à nossa segurança jurídica, o que afastará investidores estrangeiros e terá consequências nefastas em todas as esferas da vida pública brasileira”, publicou.
Suspensão
A decisão do ministro Alexandre de Moraes em suspender a rede social X em território brasileiro foi publicada após o empresário Elon Musk se recusar a nomear um representante para responder pela empresa no Brasil. O pedido tinha 24 horas para ser cumprido, e foi feito depois de o escritório da rede social ser fechado no País.
Mesmo suspensa no Brasil, a rede continuou sendo usada por alguns políticos bolsonaristas, como o deputado Marcel Van Hattem (PP-RS), que afirmou estar usando redes privadas virtuais, conhecidas como VPN, para burlar a suspensão. O deputado escreveu afirmando que sabe que a publicação pode custar US$ 10 mil, se referindo a determinação de Moraes em multar quem usasse a ferramenta e afirmou que estava começando ali uma “ditadura”.