Domingo, 16 de março de 2025
Por Redação O Sul | 1 de dezembro de 2019
Responsável por 8.1% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro, o turismo busca novos voos em 2019. O setor, que gera quase 7 milhões de postos de trabalho no País, ficou décadas estagnado pela perda de capacidade competitiva e por políticas públicas inadequadas. A situação parece ter mudado neste ano.
Ciente do potencial turístico brasileiro, o presidente Jair Bolsonaro definiu priorizar o setor e realizar uma série de medidas que estimulem seu crescimento e participação na recuperação econômica do País.
Desde 2003, com a criação do Ministério do Turismo e a definição que a sua então autarquia Embratur fosse responsável pela promoção internacional do país e captação do turista estrangeiro, os números apresentaram estagnação. Ciente das dificuldades, Bolsonaro ampliou os poderes de sua equipe de turismo. “A situação do nosso turismo era vexatória, tendo em vista que somos os primeiros do mundo em belezas naturais”, afirmou assim que assumiu o cargo.
Isenção de vistos para países estratégicos, transformação da Embratur em agência de promoção, permissão de investimento estrangeiro em companhias aéreas nacionais, entre outras medidas, movimentaram o setor turístico brasileiro este ano. O presidente da Embratur, Gilson Machado Neto, que chefiou o processo de transição da pasta do turismo, ressalta o entendimento do governo federal da importância da área.
“Estamos falando de um setor que cresce 3% ao ano, acima da média nacional. Para cada US$ 1 investido, cerca de US$ 20 retornam. O turismo é certamente uma força econômica e será essencial para a recuperação econômica brasileira e para a geração de empregos. Turismo é uma pauta nacional, ser contra essas medidas é ser contra o País”.
Machado explica que a agora Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur) e o Ministério do Turismo atuam em parceria para assessorar o presidente sobre a situação que encontraram os órgãos. “O presidente Bolsonaro está fazendo história no turismo. Nunca antes o Executivo atendeu tanto as demandas do setor. Seus discursos em Davos (Suíça) e em Nova Iorque na Assembleia da ONU foram certamente momentos únicos”.
O objetivo do governo federal é simples: dobrar, ou até triplicar, a chegada de turistas internacionais no País. Desde 1999, a entrada de estrangeiros está estagnada na casa dos 6 milhões. “Um número aquém das capacidades turísticas brasileiras. Temos a maior potência de ecoturismo no mundo, boa infraestrutura e um litoral único, com 365 dias de água quente”, defendeu o presidente da Embratur.
Ele adiantou que outra meta do Governo é ampliar a arrecadação com turistas estrangeiros. Atualmente o País capta U$ 5,8 bilhões, número que deve atingir a marca de U$ 19 bilhões. “Se não obstruírem os avanços do turismo, podem ter certeza que vamos atingir esses novos parâmetros”, conclui Gilson Machado Neto.