O ex-presidente Jair Bolsonaro respondeu a perguntas da Controladoria-Geral da União (CGU), em ação que apura a atuação do ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques nas Eleições 2022. Silvinei é investigado por bloqueios em rodovias durante o pleito e pela acusação de tentar interferir no resultado do segundo turno.
Bolsonaro depôs na condição de testemunha arrolada pela defesa de Silvinei. O ex-presidente não é investigado nesses autos em específico.
Entre as perguntas, de acordo com o Metrópoles, as principais foram se Bolsonaro mandou Silvinei fazer política para ele nas Eleições 2022. O ex-presidente respondeu que não. Em outro questionamento, a CGU pede que Bolsonaro explique se Silvinei se ofereceu para fazer propaganda para o ex-presidente. Novamente, Bolsonaro negou.
A ação ainda questiona o motivo de Silvinei estar ao lado de Bolsonaro no desfile de 7 de setembro de 2022. Bolsonaro explicou, conforme o Metrópoles, que os chefes das Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica) e da PRF ficam ao lado do presidente no evento. “É normal a autoridade estar ao lado do mandatário, não há irregularidade alguma nessa atuação”, disse.
Silvinei ficou preso, de forma preventiva, no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, pelo período de um ano, por ordem do STF, durante investigações do mesmo caso na Corte. Em agosto deste ano, o ex-diretor foi solto e, desde então, usa tornozeleira eletrônica e está proibido de usar as redes sociais. Com o processo, Silvinei corre o risco de perder a aposentadoria de cerca de R$ 16,5 mil.
O ex-diretor da PRF comandou a corporação entre abril de 2021 e dezembro de 2022. Nesse período, Silvinei chegou a pedir abertamente votos em Bolsonaro, ao longo da campanha presidencial de 2022.