Mesmo em guerra com Sérgio Moro, o presidente Jair Bolsonaro decidiu manter a segurança pessoal do agora ex-ministro da Justiça pelos próximos seis meses. A informação foi confirmada pelo GSI (Gabinete de Segurança Institucional), comandado pelo general Augusto Heleno.
O GSI informou que Moro e seus familiares continuarão com o mesmo esquema de segurança que tinham como ministro até novembro. Isso significa, por exemplo, ter escolta policial em tempo integral.
O deputado Capitão Augusto (PL-SP), coordenador da Frente Parlamentar de Segurança Pública do Congresso Nacional, havia solicitado ao STF (Supremo Tribunal Federal) que a segurança privada de Moro fosse mantida.
Na última sexta-feira (24), ao pedir demissão do governo, o ex-juiz fez revelações sobre a interferência na PF (Polícia Federal) por parte do presidente.
Pesquisa
Uma pesquisa de opinião realizada pela Paraná Pesquisas aponta que 56,3% dos brasileiros acreditam que o ex-ministro Sérgio Moro deve se candidatar à Presidência da República em 2022, enquanto 36,6% dizem que ele não deve se candidatar e outros 7,1% não sabem ou não responderam.
A pesquisa foi realizada de 24 a 26 de abril, depois que Moro deixou o governo Bolsonaro. Os dados foram colhidos por meio de questionário online, que contou com a colaboração de 2.650 pessoas. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.
Os pesquisadores também questionaram os entrevistados sobre a percepção deles a respeito da corrupção depois da saída do agora ex-ministro da Justiça. A maior parte dos entrevistados (42%) disse acreditar que a corrupção permanecerá igual. Já 33,4% avaliam que a corrupção vai aumentar e 20,3% dizem esperar que ela vá diminuir.
Os entrevistados ficaram divididos quando questionados sobre a decisão de Sérgio Moro em deixar o governo Bolsonaro. 48,9% responderam que ele acertou e 46,3% disseram que ele errou na escolha. Considerada a margem de erro, trata-se de empate técnico.
Em uma avaliação sobre o governo, 56,5% responderam que o governo de Jair Bolsonaro perde muito com a saída do agora ex-ministro da Justiça. Outros 22% dizem acreditar que o governo perde pouco e 18,6% disseram que não perde nada.