Quinta-feira, 16 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 15 de janeiro de 2019
O presidente Jair Bolsonaro deve ser o garoto-propaganda para explicar à população os principais pontos da reforma da reforma da Previdência. A popularidade em alta do presidente é uma dos principais trunfos do governo para garantir a aprovação da PEC (proposta de emenda à Constituição) já no primeiro semestre do ano.
Para a equipe, o apoio de mais de 57 milhões de votos e a penetração que o presidente tem nos canais digitais (Twitter, Facebook, Instagram e Youtube) garantem respaldo ao presidente para assumir a defesa da reforma e evitar os erros de comunicação assumidos pelo governo anterior.
O presidente não deve entrar em detalhes técnicos da proposta, mas vai reforçar a defesa dos pontos principais. Nos últimos dias, ele, inclusive, tem utilizado textos mais longos nas redes sociais para apresentar posicionamentos do governo e até mesmo notas oficiais.
Dilema presidencial
Com papel central na comunicação da reforma, Bolsonaro vive o dilema de poder se beneficiar do mais vantajoso regime de aposentadoria concedido a parlamentares.
Deputado federal por quase 28 anos, ele já está apto a solicitar benefício do IPC (Instituto de Previdência dos Congressistas), que é concedido a partir de 50 anos de idade e oito anos de mandato.
O salário integral de parlamentar é dado a quem completa 30 anos de contribuição para o sistema. O valor da pensão fica fora do teto do funcionalismo – ou seja, Bolsonaro pode acumular esse vencimento com o salário de presidente da República.
Fórum
Faltando poucos dias para embarcar rumo a Davos (Suíça), onde participará do Fórum Econômico Mundial, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que pretende aproveitar o encontro para mostrar que o Brasil quer fazer comércio com o mundo todo.
“Eu mostrarei nosso desejo de fazer comércio com o mundo todo, prezando pela liberdade econômica, acordos bilaterais e saúde fiscal”, escreveu nas redes sociais. “Com esses pilares, o Brasil caminhará na direção do pleno emprego e da prosperidade. Espero trazer boas experiências e avanços ao nosso país.”
Bolsonaro deve embarcar no domingo (20) para o encontro nos Alpes. Na sua comitiva, devem estar alguns de seus ministros, como Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública), Paulo Guedes (Economia), Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional).
A fala é uma sinalização distinta à feita pelo presidente durante a campanha eleitoral e o período de transição. Ele adotou tom crítico a alguns países como a China, e já chegou a dizer que os chineses queriam comprar o Brasil.
Nas últimas semanas, contudo, ele e sua equipe diminuíram o tom e passaram a adotar um discurso mais amistoso em relação ao país asiático, que é a segunda maior economia do mundo e um dos principais parceiros comerciais do País.