O candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, afirmou nessa sexta-feira que sempre teve compromisso com a liberdade de imprensa e internet. Ele, que continua fazendo campanha e conversando com eleitores por meio das redes sociais, passou a manhã na sua casa em condomínio na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro.
“Hoje está claro como água a essência de meus adversários, que tentam calar quem pensa diferente. Basta analisar atitudes, o plano de governo e os países em que se inspiram. Nada além da simples verdade”, postou em sua conta no Twitter.
A declaração foi feita em meio à mais recente polêmica da eleição presidencial, que será decidida em menos de uma semana: a revelação, pelo jornal “Folha de S.Paulo”, de um esquema milionário patrocinado por empresários simpáticos ao candidato do PSL para bancar a disseminação massiva de notícias falsas sobre o PT no WhatsApp.
Turismo
Em outra mensagem no microblog, ele falou do potencial turístico do Brasil. Na avaliação do candidato, o País “recebe um número baixíssimo de estrangeiros, principalmente pela falta de infraestrutura e pela violência”. A meta de Bolsonaro, segundo ele próprio, é explorar essa capacidade ao máximo, tornando a atividade um dos carros-chefe da economia nacional.
Debates
Na quinta-feira, depois de passar por uma avaliação médica, Bolsonaro disse que não se sente em condições físicas de participar de debates, em função da bolsa de colostomia e por ainda estar se recuperando das duas cirurgias que precisou fazer após receber uma facada durante ato de campanha em Juiz de Fora (MG), no dia 6 de setembro, antes do primeiro turno.
“Segundo foi informado, eu tenho restrições. Eu poderia me submeter a uma aventura, até a participar de um debate 2, 3 horas, mas poderia ter uma consequencia péssima para minha saúde. Então, levando-se em conta a restrição, levando-se em conta a minha saúde e a gravidade do que ocorreu, a tendência minha é não participar de debates”, afirmou. Ele disse, ainda, que a decisão partiu dele e de familiares.
União de ministérios
Jair Bolsonaro também falou também sobre a sua intenção de unir os ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente. Ele afirmou que isso não prejudicará a necessidade de preservação de áreas naturais:
“A Amazônia precisa ser preservada, ninguém discute isso aí, mas temos problemas”, afirmou. “As enormes reservas indígenas que estão lá há muito tempo, a determinação dos povos indígenas pra entrar nesse caldeirão, nós podemos ter novos países dentro do Brasil. Temos que nos preocupar com isso.”