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Política Bolsonaro diz a Alexandre de Moraes que ida à embaixada da Hungria não foi tentativa de fuga

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(Foto: Agência Brasil)

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro, em ofício ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que é “ilógico” sugerir que ele se hospedou por dois dias na embaixada da Hungria para pedir asilo ou para fugir de investigações.

Na última segunda-feira (25), o jornal The New York Times revelou que Bolsonaro foi para a embaixada da Hungria poucos dias após ter tido o passaporte apreendido pela Polícia Federal na operação sobre tentativa de golpe de Estado.

Segundo o jornal, estadia de Bolsonaro sugere uma tentativa de “alavancar a sua amizade” com o primeiro-ministro Viktor Orbán, que é um político da extrema-direita do país europeu. A estratégia seria tentar escapar de punições da Justiça brasileira, segundo o NYT. A reportagem, contudo, não chega a detalhar algum plano concreto de fuga de Bolsonaro.

Moraes, relator da investigação, havia dado prazo de 48 horas para o ex-presidente se explicar. No ofício, os advogados dizem que Bolsonaro tem amizade com autoridades húngaras e foi para a embaixada tratar de temas políticos.

“[Bolsonaro] sempre manteve interlocução próxima com as autoridades daquele país, tratando de assuntos estratégicos de política internacional de interesse do setor conservador”, afirmam os advogados.

De acordo com o direito internacional, o terreno de uma embaixada é de soberania do país representado. Por isso, eventuais agentes brasileiros só poderia chegar a Bolsonaro com autorização do governo húngaro.

A defesa alegou que supor que Bolsonaro pudesse pedir asilo é altamente infundado.

“Diante da ausência de preocupação com a prisão preventiva, é ilógico sugerir que a visita do peticionário [Bolsonaro] à embaixada de um país estrangeiro fosse um pedido de asilo ou uma tentativa de fuga. A própria imposição das recentes medidas cautelares tornava essa suposição altamente improvável e infundada”, dizem os advogados.

Viagem à Argentina

Na manifestação endereçada ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, os advogados declaram também que Bolsonaro, quando viajou a Buenos Aires para a posse de Javier Milei como presidente da Argentina, solicitou autorização judicial para deixar o país.

A posse do argentino, no entanto, ocorreu no final de 2023, antes de a Polícia Federal apreender em fevereiro o passaporte do ex-presidente do Brasil.

Visita

Bolsonaro recebeu a visita do filho Carlos Bolsonaro (PL-RJ) na Embaixada da Hungria, em Brasília, quando passou pelo menos duas noites no local após ser obrigado a entregar o passaporte à Justiça Brasileira. O vereador seria o homem que visitou o ex-presidente brasileiro na noite de 13 de fevereiro.

O visitante deixou o local 38 minutos depois. Nas imagens, outro homem que parece ser Bolsonaro se despede do homem, que seria Carlos, na garagem da representação diplomática, como revelou a coluna de Igor Gadelha, do Portal Metrópoles.

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