Quarta-feira, 04 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 16 de julho de 2020
Bolsonaro durante sua live semanal.
Foto: Reprodução/YouTubeO presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (16), durante sua live semanal na internet, que mesmo com a pressão pela saída dos ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, e Ricardo Salles, do Meio Ambiente, ambos ple permanecem à frente de suas pastas.
“O Ministério da Saúde precisa muito mais de um gestor do que de um médico”, afirmou o presidente. Quanto a Salles, disse que está fazendo um “excepcional trabalho” e também permanecerá no cargo, a menos que queira sair. Bolsonaro disse que ministro Salles “faz o possível” para conter o desmatamento.
“Guerra de informação”
Para Bolsonaro há uma “guerra de informação” na questão ambiental e que as críticas que o Brasil sofre são injustas e estão relacionadas à disputa comercial do agronegócio com outros países.
“Essa guerra da informação não é fácil e nós temos problemas, porque o Brasil é uma potência no agronegócio. Lá na Europa é uma seita ambiental, eles não preservaram praticamente nada do meio ambiente, mas o tempo todo atira em cima de nós, e de forma injusta, porque é uma briga comercial também”, disse.
Em junho, o governo federal recebeu uma carta de grupos empresariais internacionais com críticas à política ambiental e que condicionavam os investimentos no país ao aumento, pelo governo, do controle do desmatamento e das queimadas na Amazônia.
Bolsonaro lamentou a perda de validade da Medida Provisória (MP) 910, que tratava da regularização fundiária, mas que não foi votada pelo Congresso. Para ele, seria uma forma de responsabilizar diretamente quem cometer desmatamento ilegal. O presidente disse de que há um exagero, por parte da mídia, em relação aos dados sobre desmatamento.
“Tem coisa por fazer? Tem, mas não é esse trauma todo. Deixo bem claro, 90% desses focos de calor são em áreas desmatadas, não é novo incêndio não. [Outros] 5% são em terras indígenas”, afirmou.
Eleições nos EUA
Na live, Bolsonaro também falou sobre as expectativas para as eleições presidenciais nos Estados Unidos, que ocorrerão no final do ano e o futuro da relação entre os dois países, caso o presidente Donald Trump, aliado do brasileiro, não seja reeleito.
“Eu não vou interferir, não posso, nem tenho como, mas eu torço para o Trump ser reeleito. A gente torce pelo Trump, temos certeza que vamos potencializar muito o nosso relacionamento. Agora, se der o outro lado [o democrata Joe Biden], da minha parte, vou procurar fazer algo semelhante e, se eles não quiserem, paciência. O Brasil vai ter que se virar por aqui”, disse.