Quinta-feira, 06 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 11 de julho de 2019
O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira (11) esperar que a Câmara dos Deputados não desidrate a reforma previdenciária na votação dos destaques da proposta. O presidente, que defendeu publicamente que as regras para policiais federais e rodoviários fossem abrandadas, disse que, neste momento, influência pouco na tramitação do texto. “Eu pouco influencio no momento. Eu espero que ela não seja desidratada e se, por ventura, tenha algo para ser corrigido, que o façam agora por meio de destaques”, afirmou.
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que, mesmo com a aprovação de destaques que possam aliviar algumas categorias, como professores, é possível manobrar para manter a economia prevista. Para ele, a votação do projeto nos dois turnos da Casa termina até a sexta-feira (12).
O texto-base foi aprovado por 379 votos contra 131. A votação dos destaques, alterações no texto principal, estava prevista para começar nesta manhã, mas acabou adiada. Segundo ele, não há risco de desidratações à economia projetada pelo texto principal da reforma – em torno de R$ 1 trilhão em dez anos.
Indicação
Bolsonaro disse nesta quinta-feira que decidiu indicar seu filho Eduardo Bolsonaro como embaixador do Brasil nos Estados Unidos, mas que cabe ao atual deputado federal aceitar ou não o cargo. “Da minha parte, eu me decidi agora, mas não é fácil uma decisão como esta estando no lugar dele e renunciando ao mandato”, disse ele em entrevista a jornalistas. “Apesar de ser meu filho, ele tem de decidir”, acrescentou.
Questionado sobre o assunto, Eduardo Bolsonaro disse que ainda não há nada definido. “A missão que o presidente Bolsonaro der para mim certamente vou desempenhar da melhor maneira. Não tem nada formal, nada oficial. O presidente falou, está falado, mas não chegou nada oficial”, disse, na Câmara.
O presidente afirmou que o filho fala inglês com fluência, tem boa relação com a família do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e “daria conta do recado perfeitamente”. “É uma coisa que está no meu radar, sim, e existe a possibilidade. Ele é amigo dos filhos do Donald Trump, fala inglês e espanhol, tem uma vivência muito grande do mundo. Poderia ser uma pessoa adequada e daria conta do recado perfeitamente”, ressaltou.
Bolsonaro disse ter ficado surpreso com o vazamento da informação e brincou que há um anão embaixo da mesa do gabinete presidencial. “Isso foi hoje. Parabéns ao anão que dizem ter embaixo da minha mesa, que agiu rapidamente. Chegou rapidamente a vocês essa informação aí.”
O presidente lembrou também que já havia cogitado a possibilidade no passado, mas que voltou a considerá-la nesta quinta. “Não quero decidir por ele seu futuro”, disse. “Eu fiquei pensando: imagine se tivesse no Brasil o filho do presidente Mauricio Macri como embaixador da Argentina? Obviamente que o tratamento seria diferente de um embaixador normal”, destacou.