O P disse nesta sexta-feira (3) que a partir de 2021 os livros didáticos distribuídos às escolas terão a bandeira do Brasil na capa, hino nacional e um estilo mais “suave”, pois, para ele, há “muita coisa escrita” nas publicações atuais.
“Os livros hoje em dia, como regra, é um montão, um amontoado… Muita coisa escrita, tem que suavizar aquilo”, afirmou Bolsonaro pela manhã em frente ao Palácio da Alvorada.
O presidente ainda repetiu críticas à educação brasileira e ao educador Paulo Freire, tido como um dos principais pensadores da história da pedagogia mundial. “Tenho de buscar meios para tirar 12 milhões, 13 milhões do desemprego no Brasil. Diminuir a pobreza. Consertar esse sistema educacional lixo que está aí, baseado em Paulo Freire”, disse o presidente, sendo aplaudido por seus apoiadores.
Bolsonaro afirmou defender “ensino que vá ser útil” e sem “essa historinha de ideologia de gênero”.
“Os idiotas achando que vão definir o sexo (da criança) até os 12 anos. Tem livros que vamos ser obrigados a distribuir esse ano ainda, levando-se em conta a sua feitura em anos anteriores. Tem que seguir a lei. Em 2021, todos os livros serão nossos. Feitos por nós. Os pais vão vibrar. Vai estar lá a bandeira do Brasil na capa, vai ter lá o hino nacional”, declarou.
Ao criticar o resultado do Brasil na prova do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), Bolsonaro disse que os alunos não sabem realizar cálculo simples, como “regra de três”. Ele também declarou que a esquerda “plantou” militância nas escolas e que o Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, tem meninos de saia e o MST “lá dentro”.
“O que a esquerda plantou na educação? Plantou militância. Tanto é que o pessoal vota no PT e no PSOL. Chegou ao cúmulo de acabar com uma escola como o Colégio Pedro II, no Rio. Acabaram com o Pedro II. Menino de saia, MST lá dentro. E outras coisas mais que não quero falar aqui”, disse.