O ex-presidente Jair Bolsonaro negou que os atos extremistas realizados em Brasília em 8 de janeiro de 2023 foram uma tentativa de golpe de Estado. Segundo ele, para haver tentativa de golpe, “tinha que ter uma pessoa à frente” das manifestações radicais.
“Para haver a tentativa [de golpe], tinha que ter uma pessoa à frente. Tudo que foi apurado não levantou nome algum. São suposições. Quem vai dar golpe com velhinhos, com pessoas idosas com Bíblia debaixo do braço, com a bandeira na outra mão, com pessoas do povo, com vendedor de algodão doce, com motorista de Uber, com menor de idade, com criança?”, afirmou Bolsonaro. Ele estava nos Estados Unidos no dia da invasão das sedes dos Três Poderes.
“Hoje em dia estamos em uma insegurança muito grande. Qualquer pessoa no Brasil hoje em dia pode ser presa. Esse clima não é bom para o Brasil. E a gente espera que haja uma devida moderação, por parte em especial do Poder Executivo e do Poder Judiciário, que baixe a temperatura e voltemos à normalidade”, declarou o ex-presidente em entrevista à CNN.
Sobre não ter passado a faixa para o seu sucessor na Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, Bolsonaro disse: “Eu jamais passaria a faixa a esse cidadão Lula, essa pessoa de triste memória para todos nós. Autor, coautor, responsável por atos de corrupção, os mais bárbaros possíveis aqui no Brasil, onde ele entregou o poder a grupos de políticos e outros em troca de apoio no Parlamento e assistimos, por exemplo, à questão do mensalão, do petrolão”.