O presidente Jair Bolsonaro (PSL), durante transmissão via redes sociais, disse que quer mandar universitários para Israel, “assim como foi feito lá atrás, onde a garotada ia para outros países, aqui do Brasil, aprender agricultura, nós queremos fazer a mesma coisa, com agricultura no deserto”. “Queremos mandar a nossa garotada, os universitários para ficar aí 15, duas, três semanas lá fora para que essa tecnologia venha para cá e ele possa bem aplicá-la aqui no Brasil”, afirmou Bolsonaro, referindo-se a técnicas de irrigação por gotejamento e criação de peixes.
O presidente disse que o contato principal com Israel será relacionado a ciência, tecnologia e inovação. Bolsonaro afirmou que pretende “botar no papel [o intercâmbio dos universitários], botar em prática o mais breve possível”.
A ideia se assemelha à proposta do Ciência sem Fronteiras, criado em 2011, durante o governo Dilma Rousseff (PT). Entre os objetivos do programa estavam investir na formação de pessoal altamente qualificado nas habilidades necessárias para o avanço da sociedade e ampliar o conhecimento inovador de pessoal das indústrias tecnológicas. A falta de recursos levou ao congelamento do programa de Dilma, além de haver críticas quanto à aplicação da ideia.
O jornal Folha de S.Paulo também mostrou deficiências na aplicação de uma das propostas do programa – treinamento “nas melhores instituições e grupos de pesquisa disponíveis de acordo com os principais rankings internacionais”. Segundo um levantamento, menos de 4% dos alunos que participaram do programa foram estudar nas melhores universidades do mundo.
Metas governo
Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (04) que na próxima, quando completa 100 dias de governo, os ministros vão apresentar um balanço das pastas e do que foi feito até então. Otimista, Bolsonaro disse que tudo que foi demandado foi cumprido. “Os ministros vão mostrar que 95% da meta vai ser atingida e os 5% restante parcialmente atingida”, afirmou.
Acompanhado dos ministros da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, e o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Heleno, Bolsonaro disse que a viagem a Israel foi bastante proveitosa e afirmou que o encontro que teve com os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Davi Alcolumbre (DEM-AP) e outras lideranças partidárias não teve como tema cargos, mas a importância dos projetos em tramitação no Congresso.
Ainda sobre a marca de 100 dias de governo, Bolsonaro disse que praticamente tudo o que foi desenhado pelas pastas foi viabilizado. Apesar disso, ele não entrou em detalhes sobre temas e quais seriam essas metas. O anúncio dever ser feito na próxima semana.