Terça-feira, 14 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 23 de agosto de 2023
Os exames estão relacionados à facada que Bolsonaro levou durante a campanha presidencial de 2018
Foto: Tânia Rêgo/Agência BrasilO ex-presidente Jair Bolsonaro foi internado na manhã dessa quarta-feira (23) no hospital Vila Nova Star, na Zona Sul de São Paulo, para realizar exames. Mais cedo, o ex-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência no governo Bolsonaro, Fabio Wajngarten, em publicação na rede social X, anteriormente conhecida como Twitter, confirmou a internação de Bolsonaro e afirmou que ela ocorreu para a realização de exames de rotina.
“O presidente @jairbolsonaro internou-se no Hospital Vila Nova Star em São Paulo para exames de rotina. Referidos exames têm por objetivo avaliar sua condição clínica, principalmente no sistema digestivo, tráfego intestinal, aderências, hérnia abdominal e refluxo”, escreveu Wajngarten, que atua como assessor e advogado do ex-presidente.
Wajngarten afirmou ainda que “todos os sintomas e exames” são consequência do atentado a faca sofrido por Bolsonaro durante a campanha eleitoral de 2018 em Juiz de Fora (MG).
Bolsonaro já passou por seis cirurgias desde que foi alvo de um atentado à faca em setembro de 2018, pouco antes do primeiro turno das eleições.
Em janeiro, o médico Antônio Macedo, que acompanha Bolsonaro desde a facada, disse que o ex-presidente, que à época estava nos Estados Unidos, teria de fazer uma nova cirurgia quando retornasse ao Brasil para evitar maiores problemas intestinais.
Fake news
Também nessa quarta, Bolsonaro admitiu ter enviado ao empresário Meyer Nigri uma mensagem que sugeriu, sem apresentar provas, a ocorrência de fraude por parte do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante as eleições de 2022.
“Eu mandei para o Meyer, qual o problema? O [ministro do Supremo Tribunal Federal e então presidente do Tribunal Superior Eleitoral Luís Roberto] Barroso tinha falado no exterior [sobre a derrota da proposta do voto impresso na Câmara, em 2021], eu sempre fui um defensor do voto impresso”, disse o ex-presidente ao jornal Folha de S.Paulo durante um voo de Brasília a São Paulo.
Bolsonaro afirmou que não era membro do grupo de empresários para o qual a Polícia Federal (PF) alega que Meyer Nigri repassou a mensagem. No entanto, ele será ouvido pela PF em relação à disseminação do conteúdo. A data da oitiva foi agendada para o dia 31 deste mês, na sede da instituição em Brasília. “Eu vou lá explicar”, disse ele à publicação.