Quarta-feira, 23 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 17 de março de 2020
Segundo Bolsonaro, falta definir recursos e como será o pagamento.
Foto: Antonio Cruz/Agência BrasilEm meio aos efeitos da crise do novo coronavírus na economia, o presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira (17) que o governo poderá fornecer alguma ajuda financeira para trabalhadores na informalidade. O governo também estudaria a possibilidade de suspender contratos de trabalho por 60 dias.
“O que o Paulo Guedes [ministro da Economia] falou para mim hoje [terça] é que a economia informal, quem vive da informalidade, teria uma ajuda por algum tempo, algo parecido com um voucher. Está faltando definir o montante e como é que você vai organizar esse pagamento. Essa possibilidade está na mesa”, afirmou a jornalistas ao chegar ao Palácio do Alvorada, residência oficial.
De acordo com a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a taxa de informalidade (trabalhadores sem carteira assinada ou empreendedores sem registro, por exemplo) atinge 41,1% da força de trabalho ocupada no País.
O presidente demonstrou preocupação com os impactos da pandemia do Covid-19 na economia. “A economia tem a sua importância nessa crise que se aproxima, mas eu vejo com muito alarmismo. Temos que nos preocupar, mas não com esse alarmismo todo”, disse. Ele também pediu para que a população não entre em pânico.
“A minha mensagem é para que não se apavorem. Nós vamos ter que passar por essa onda. Agora, se o pânico chegar no meio da população, tudo fica pior. Eu estou preocupado com a questão humanitária, de vidas, mas também com a questão econômica”, acrescentou.
Bolsonaro adiantou que na quarta fará duas entrevistas coletivas no Palácio do Planalto: uma com ministros e outra com os chefes dos demais Poderes. “A intenção é demonstrar que os Poderes [estão unidos], acima de qualquer um de nós está o interesse nacional”, afirmou.
Suspensão de contratos de trabalho
Para evitar demissões, a equipe econômica estuda paralelamente permitir que empresas suspendam contratos de trabalho por 60 dias e que os funcionários tenham acesso ao seguro-desemprego no período.