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Brasil Bolsonaro iniciou articulação para se aproximar ainda mais de evangélicos e seus líderes

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Ex-primeira-dama usou uma rede social para negar acusações. (Foto: Divulgação/PR)

Diante de uma avaliação popular em queda, com impacto inclusive em setores identificados com o bolsonarismo, o presidente Jair Bolsonaro iniciou articulação para se aproximar ainda mais de evangélicos e seus líderes.

Considerado um dos pilares de sua base de apoio, o grupo religioso é a aposta do presidente para evitar um aumento de uma rejeição social, blindar-se de retaliações no Congresso e catapultá-lo a uma disputa à reeleição.

Em um café da manhã na semana passada, Bolsonaro disse que é preciso conversar cada vez mais com os evangélicos. “Trazê-los para perto.” O presidente tem acenado com a indicação de evangélicos para cargos públicos, concedido benefícios fiscais a templos cristãos, chancelado projetos que reforçam a pauta de costumes e cogitado a indicação de um religioso para o posto de vice-presidente em 2022.

Na tentativa de emplacar um pacote tributário a templos religiosos, a bancada evangélica convidou, no mês passado, o presidente para um almoço na casa do deputado federal Silas Câmara (PRB-AM).

Em um dos momentos do encontro, ele engatou uma conversa com um grupo de congressistas, na qual fez uma análise sobre as próximas eleições presidenciais. Qualquer político que tenha juízo sabe que a política de 2022 passa pelo movimento evangélico, disse Bolsonaro, segundo relataram à Folha três parlamentares presentes.

No último mês, a popularidade de Bolsonaro enfrentou uma erosão. A mais recente pesquisa Datafolha mostrou o aumento de 33% para 38% na reprovação de sua gestão, com perda de apoio entre os mais ricos e os mais escolarizados.

O índice de eleitores que consideram o governo ruim ou péssimo é, no entanto, muito menor entre os evangélicos na comparação com outros grupos religiosos. Entre eles, 27% o reprovam, enquanto esse percentual entre católicos é de 42%, entre espíritas, 46%, e umbandistas, 56%.

O presidente pediu, na semana passada, ao deputado e pastor Marco Feliciano (Pode-SP) que lhe apresentasse uma lista de líderes evangélicos. Ele os convidou para que fiquem ao seu lado, na tribuna de autoridades, durante o desfile de Sete de Setembro, na Esplanada dos Ministérios, neste sábado (07).

Foram chamados, entre outros, Edir Macedo (Universal), Renê Terra Nova (Movimento Internacional da Restauração), Robson Rodovalho (Sara Nossa Terra) e Manoel Ferreira (Assembleia de Deus).

“Ele queria honrar o movimento evangélico, porque nós temos público. Você traz os pastores e as ovelhas vêm junto”, disse Feliciano, que tem feito a ponte do presidente com a bancada religiosa. “O nosso apoio é endêmico, não é sistêmico”, ressaltou.

O segmento evangélico representa, como já mostrou pesquisa Datafolha, 29% da população brasileira, percentual que vem crescendo ano após ano. Com a expansão da religião, São Paulo ganhou 2.433 novas igrejas em 25 anos.

Neste ano, a frente parlamentar evangélica deu um salto em relação à legislatura passada, passando de 84 para 112 integrantes, e se tornou o principal anteparo do presidente no Poder Legislativo, diante do fato dele não ter montado uma base de apoio.

Para manter a sua fidelidade, Bolsonaro tem levantado cada vez mais bandeiras conservadoras. Ele se posicionou recentemente, por exemplo, contra a criminalização da homofobia e, na última terça-feira (03), anunciou que pediu ao Ministério da Educação um projeto contra a “ideologia de gênero” no ensino fundamental.

Em paralelo a esse movimento, tem prometido aumentar o número de evangélicos em cargos públicos. O presidente tem atualmente em sua equipe ministerial cinco representantes da religião e pretende também indicar evangélicos para uma vaga no STF (Supremo Tribunal Federal) e para o posto de diretor-presidente da Ancine (Agência Nacional do Cinema).

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