Quinta-feira, 09 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 3 de maio de 2023
Segundo as apurações, teria sido falsamente inserida a informação de que Bolsonaro se vacinou para ele poder entrar nos Estados Unidos
Foto: Marcelo Camargo/Agência BrasilA Polícia Federal (PF) informou, em representação enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF), que Jair Bolsonaro e seu ajudante de ordens, Mauro Cid, tinham “plena ciência” da fraude no cartão de vacinação do ex-presidente e pessoas de seu entorno.
A PF investiga suspeita de fraude nos registros de vacina do ex-presidente e da filha. Segundo as apurações, teria sido falsamente inserida a informação de que Bolsonaro se vacinou para ele poder entrar nos Estados Unidos.
Busca e apreensão
Mais cedo, em com autorização do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a PF realizou busca e apreensão na casa de Bolsonaro. Outras pessoas foram alvo de buscas e seis foram presas, entre elas Cid.
“Os elementos informativos colhidos demonstraram coerência lógica e temporal desde a inserção dos dados falsos no sistema SI-PNI até a geração dos certificados de vacinação contra a Covid-19, indicando que Jair Bolsonaro, Mauro César Cid e, possivelmente, Marcelo Costa Câmara tinham plena ciência de inserção fraudulenta dos dados de vacinação, se quedando inertes em relação a tais fatos até o presente”, diz a PF.
Operação
A operação foi autorizada por Moraes dentro do inquérito das “milícias digitais”, que já tramita no STF. A fraude nos cartões de vacinação do Bolsonaro e da filha de 12 anos aconteceu em 21 de dezembro passado, pouco antes de viajarem para os Estados Unidos (no penúltimo dia de mandato).
Bolsonaro diz que não tomou vacina. Segundo investigações, a inclusão no sistema dizendo que ele foi vacinado ocorreu para o ex-presidente poder entrar nos EUA Após ser lançado no ConecteSUS, é possível gerar um comprovante de imunização. Os dados foram retirados do sistema no dia 27 do mesmo mês.