Sábado, 19 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 11 de agosto de 2019
O presidente Jair Bolsonaro passeou de moto por Brasília na manhã deste domingo (11) ensolarado e andou de jet ski no Lago Paranoá. Ele deixou o Palácio da Alvorada e foi até o Clube da Aeronáutica, onde pegou uma moto. De lá, foi até o Lago Sul e pilotou o jet ski. Ainda de moto, foi até a Torre de TV, onde funciona uma feira, e tomou caldo de cana.
O presidente retornou ao Clube da Aeronáutica para deixar a moto, e de lá voltou ao Alvorada. Ele estava acompanhando do ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, que é seu amigo há décadas. “Minha vida [sempre] foi essa. Tenho saudades. Foi muito gratificante, excelente. Estou com as baterias recarregadas”, disse, após o passeio.
Na Páscoa, Bolsonaro já havia surpreendido jornalistas e um grupo de populares que tentava vê-lo ao chegar dirigindo uma moto no forte dos Andradas, em Guarujá , litoral paulista, onde passou o feriado.
Em viagem a Aragarças (GO), em junho, o presidente quebrou o protocolo e pilotou um jet ski no Rio Araguaia. Sem trajes adequados, ministros e seguranças foram obrigados a entrar na água vestidos. Segundo a assessoria, o passeio de jet ski não estava na programação.
Neste domingo, ao falar com a imprensa, o presidente afirmou que o Brasil não precisa do dinheiro de países estrangeiros para proteger a floresta. De acordo com ele, esses países querem “se apoderar” do Brasil.
No sábado (10), a ministra do Meio Ambiente da Alemanha anunciou que vai suspender o repasse de R$ 155 milhões para o financiamento de projetos de proteção da Amazônia . “Investir? Não vai mais comprar a Amazônia. Vai deixar de comprar à prestação a Amazônia. Pode fazer um bom uso dessa grana. O Brasil não precisa disso”, afirmou.
Indicadores
Bolsonaro evitou fazer comentários sobre o levantamento publicado pelo jornal Folha de S.Paulo neste domingo que mostra uma deterioração de indicadores do país no primeiro semestre de seu governo. “Pergunta para o Paulo Guedes, pergunta para o Paulo Guedes. Outra pergunta”, disse Bolsonaro, solicitando que repórteres que o acompanhavam abordassem outro assunto.
A compilação de quase 90 indicadores nacionais, que vão da economia ao meio ambiente, mostra que a maioria deles regrediu nos primeiros seis meses da gestão de Bolsonaro. A Folha de S.Paulo analisou 87 estatísticas oficiais e de estudiosos que têm números atualizados até algum ponto do primeiro semestre de 2019 e as cruzou com os dados de 2018. Desse total, 44 pioraram, 15 permaneceram estáveis e 28 apresentaram alguma melhora.
Entre os indicadores que mais apresentam deterioração estão os de educação, saúde e meio ambiente. Os dados oficiais reunidos pelo Ministério da Justiça apontam melhora nos índices de criminalidade. Na economia, há um equilíbrio.