Quarta-feira, 04 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 4 de dezembro de 2024
Ex-presidente (foto) está proibido de manter contato com presidente do PL; ministro do Supremo já havia autorizado ida a velório
Foto: Marcelo Camargo/Agência BrasilO ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a acionar o STF (Supremo Tribunal Federal) nesta quarta-feira (04), desta vez para comparecer à missa de sétimo dia pela morte de Leila Caran Costa, mãe de Valdemar Costa Neto, presidente do PL.
A celebração está marcada para começar às 18h de segunda-feira (09), em Mogi das Cruzes (SP). O pedido foi enviado ao ministro Alexandre de Moraes, relator da investigação sobre a suposta tentativa de golpe, em que Bolsonaro e Valdemar foram indiciados pela PF (Polícia Federal).
Alvos da Operação Tempus Veritatis em fevereiro deste ano, a dupla está impedida de manter contato desde então, por decisão de Moraes.
“Considerando a relevância da cerimônia religiosa de sétimo dia como marco de encerramento dos rituais de despedida e homenagem à memoria da falecida, requer-se, com a devida vênia e novamente em caráter excepcional, autorização para que o peticionário compareça à missa de sétimo dia, a ser realizada no dia 09/12/2024, às 18hs, na Catedral do município de Mogi das Cruzes/SP”, diz trecho da petição dos advogados do ex-presidente.
A defesa reforçou que Bolsonaro vai “cumprir de forma rigorosa” todas as restrições impostas e que o ex-chefe do Executivo não vai “manter qualquer diálogo acerca das investigações em curso”.
Na terça-feira (03), Moraes já havia dado aval para Bolsonaro comparecer ao velório e ao enterro da mãe de Valdemar. Na decisão, Moraes autorizou o ex-presidente a manter contato com Valdemar durante as cerimônias, ressaltando a afirmação da defesa de que ele não conversaria sobre a investigação.
O ministro do STF também frisou não haver “qualquer restrição à locomoção” de Bolsonaro pelo país. Mesmo com a autorização, Bolsonaro não participou do velório. De acordo com os advogados, ele deixou de ir “em virtude da exiguidade de tempo para a organização logística e deslocamento”.
Bolsonaro, Valdemar e outras 35 pessoas foram indiciadas pela PF pelos crimes de golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito e organização criminosa.
Para a investigação, o grupo atuou para dar um golpe no Brasil no final de 2022 e impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). As conclusões da PF foram encaminhadas à PGR (Procuradoria-Geral da República), a quem cabe enviar uma denúncia ao STF, arquivar o caso, ou pedir mais apurações.