Segunda-feira, 28 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 10 de agosto de 2022
O presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu nesta quarta-feira (10) ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o registro da candidatura à reeleição. O candidato a vice na chapa é o general da reserva Walter Souza Braga Netto (PL), ex-ministro da Defesa.
Segundo o pedido de registro, Bolsonaro declarou ao TSE ter R$ 2.317.554,73 em bens. Conforme a página do tribunal, o limite legal de gastos da campanha no primeiro turno é de R$ 88,9 milhões.
Bolsonaro foi eleito em 2018 pelo PSL, mas deixou o partido ainda em 2019 e atualmente está filiado ao PL, partido de Valdemar Costa Neto.
A convenção do PL que oficializou a candidatura de Bolsonaro aconteceu em 24 de julho, no Rio de Janeiro.
Próximos passos
O registro no TSE é o último passo para a oficialização de uma candidatura. Com a apresentação do registro, a Receita Federal ficará apta a fornecer um número de CNPJ à chapa, que poderá arrecadar recursos e pagar despesas necessárias à campanha eleitoral.
A Corte Eleitoral terá até o dia 12 de setembro para julgar definitivamente os pedidos de registro e eventuais recursos. O primeiro turno das eleições 2022 está marcado para o dia 2 de outubro.
Os candidatos têm até o dia 15 de agosto para formalizar o registro no TSE. Até lá, as siglas podem retirar as candidaturas, desde que os filiados do partido tenham dado permissão à executiva para discutir esses assuntos.
Demais candidatos
Além de Bolsonaro, já pediram ao TSE o registro de candidatura (por ordem alfabética):
— Ciro Gomes (PDT);
— Felipe D’Ávila (Novo);
— Léo Péricles (UP);
— Lula (PT);
— Pablo Marçal (Pros);
— Simone Tebet (MDB);
— Sofia Manzano (PCB);
— Vera Lúcia (PSTU).
Relator
O ministro Alexandre de Moraes será o relator do pedido de registro da candidatura do presidente Jair Bolsonaro (PL) no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Bolsonaro, que vai tentar a reeleição e está em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto, já teve vários atritos com Moraes, que também é ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
No STF, Moraes é o relator de vários processos que têm o presidente da República e apoiadores como alvos.
Em suas falas nos atos do 7 de Setembro do ano passado, Bolsonaro chegou a chamar Moraes de canalha e disse que não cumpriria suas decisões. Após a repercussão do caso, ensaiou um recuo com uma carta que teve a influência do ex-presidente Michel Temer, mas, posteriormente, renovou seus ataques.