O presidente Jair Bolsonaro (PL) se prepara para reconhecer entre esta segunda-feira (31) e terça-feira (01) a vitória do ex-presidente Lula (PT), após quase 20 horas de silêncio. Mas ele também pretende fazer críticas ao processo eleitoral.
De acordo com aliados, a ideia é que ele faça um discurso para enaltecer os 58 milhões de votos que recebeu. Em seguida, deverá fazer algum tipo de contestação que não valide o resultado por completo, para insinuar que teria sido injustiçado.
A demora para a fala ocorre porque há dúvidas sobre o formato desse questionamento. Aliados querem que o presidente adote um tom de voz moderado, sem “esbravejar” ou fazer ameaças. Assim, a ideia é valorizar o desempenho do presidente nas urnas.
Pessoas próximas alegam que a contestação ficará “dentro do sistema constitucional”, nos moldes do que foi feito por Aécio Neves, do PSDB, em 2014. Ainda não se sabe se Bolsonaro chegará a pedir recontagem de votos, como fez o tucano.
Bolsonaro está reunido desde cedo com os ministros e aliados mais próximos para decidir como se posicionar diante da derrota no segundo turno. Assim como ocorreu na primeira etapa, o presidente não esperava perder e, segundo relatos, ficou aborrecido com o desempenho.
Ministros como Ciro Nogueira e Fábio Faria ainda não se posicionaram sobre o resultado porque não querem falar antes do presidente.